Em todos os ambientes corporativos ou sistêmicos a comunicação aparece como um dos grandes vilões do bom desempenho. O que precisa ser dito não é, e o que é dito muitas vezes não era necessário. Grande parte dos conflitos pessoais e profissionais surgem dos diferentes valores e expectativas. Para estabelecer fluidez e confiança é preciso entender a dinâmica multidimensional da comunicação entre seres humanos. Jamais a tecnologia substituirá o contato pessoal. Há diversas etapas para que um comunicador seja bem sucedido. A verdade é que nos expressamos de maneira falha, apressada e desconectada, e do outro lado, há um receptor que escuta mas não ouve, interpreta e distorce o que foi dito. É o suficiente para que o conflito se estabeleça. Há diversos níveis de conflito, o emocional é o mais complexo.
O fato é que comunicar-se requer arte, preparo e método. Não se pode nem se deve falar o que quiser ou o que pensa, a qualquer hora ou momento. Sinceridade em excesso fere. É preciso escolher conteúdo, momento, ambiente e falar com clareza e impessoalidade. Seria ótimo se evitássemos julgamentos, achismos, opiniões, conselhos. Se isto funcionasse não teríamos tantos desafios nem questões sem solução. Ouvir alguém é uma arte que requer paciência e parece ser a habilidade master do momento. Dizer algo e ser compreendido requer treino e coragem. É preciso dizer as coisas de forma clara e efetiva sem criar ruídos. Atrás de cada conversa há uma intenção e um objetivo. Diga para as pessoas o que o leva a falar sobre determinado assunto, porque é importante compartilhar pontos de vista diferentes e o que se pretende ao fazer colocações. Peça licença e respeite se o outro não estiver pronto para ouvir. Para cada bom comunicador é preciso um ouvinte atento e interessado, senão desperdiçamos energia e tempo. Pense nisso, fale menos, ouça mais. Reflita sobre o que vai falar antes de falar sem pensar.
