Por Elzo Guarnieri, CEO W
De acordo com um estudo elaborado pelo banco Credit Suisse, publicado recentemente pelo UOL em São Paulo no último mês de março, a produtividade do trabalho no Brasil cresceu 3,5% ao ano entre 1950 e 1980, mas não melhorou nada dos anos 1980 até hoje, ou seja, nos últimos 37 anos, a produtividade nas empresas brasileiras ficou estagnada. Segundo o mesmo estudo, nossa renda per capita (por pessoa) cresceu 3,9% ao ano, em média, entre 1950 e 1980 e 0,7% ao ano, em média, entre 1981 e 2016. Entre os principais motivos para isso, além do peso dos impostos, está o baixo uso de tecnologias nas empresas.
O aumento de renda vai depender ainda mais da produtividade, além da taxa de emprego.
Como no caso brasileiro, a alta de renda no período analisado foi puxada pelo aumento na taxa de emprego: de 37,6%, em 1950, para 52%, em 2016 – considerada uma taxa relativamente alta, se comparada à de outros países, nos próximos anos, não se deve esperar alta significativa na taxa de emprego, ou seja, “os resultados sugerem que o crescimento da renda per capita no Brasil será ainda mais dependente da dinâmica da produtividade nos próximos anos”, conclui o Credit Suisse.”
Minha grande preocupação é que esse nível de produtividade tem a ver com o investimento em novas tecnologias (já disponíveis) e com o quanto os brasileiros se aplicam no seu engajamento com esse novo mundo; tem a ver com o quanto essas pessoas, em suas vidas pessoais e profissionais e que já estão sendo afetadas pelos índices acima mencionados, estão, ou não, conectadas com o que está acontecendo a sua volta; o quanto as novas tecnologias estão gerando mudanças significativas em todas as áreas do nosso mundo atual e, consequentemente, em nossas próprias vidas.
A grande maioria simplesmente nem sabe do que está em curso; outros tantos preferem achar que “essas modernidades” nada tem a ver com suas vidas pessoais e profissionais; há ainda aqueles que acreditam que tudo isso, se algum dia vier a acontecer”, ainda está muito distante deste seu momento de vida. O fato é que a esmagadora maioria ainda não procura sequer conhecer e estudar esse futuro que, queiram, ou não, já está aqui e tem, sem dúvida, uma participação na atual taxa de desemprego em nosso país. O nível de qualificação requerida para os mais diversos trabalhos no mercado já vem subindo há algum tempo e continuará crescendo cada vez mais numa escala exponencial. Quem acha que os antigos níveis de empregos formais, disponíveis em empresas, que ressuscitarão das cinzas, irão voltar em breve, está redondamente enganado. Não apenas isso não acontecerá, mas já estão surgindo novos negócios, com novas tecnologias, feitos de maneiras muito diferentes daqueles que conhecíamos anteriormente, com abordagens de mercado altamente disruptivas e ousadas, focadas em encantar clientes, com com demandas por novos “skills”, mais específicos e de alto nível de competência e complexidade tática e técnica. Tudo isso irá requerer de nossa parte não apenas um entendimento mecânico de como proceder, mas de uma dedicação ao estudo com profundidade para desenvolvimento de novos conhecimentos e competências a serem aplicadas em negócios com características, estruturas e conteúdo de trabalho completamente inovadores.
Como disse, isso já vem acontecendo há algum tempo e essas mudanças se intensificarão cada vez mais em ritmo cada vez maior e mais profundo.
Procure conhecer o que existe a esse respeito e verá que um novo mundo se revelará a sua frente; o quanto há para se conhecer, aprender e aplicar. Você pode sim melhorar a produtividade no Brasil, engajando-se nesse processo e contribuindo para forjarmos um futuro melhor.
Venha conhecer nossas trilhas e cursos preparatórios para esse futuro maravilhoso, onde você aprende ao seu ritmo não apenas o que, mas principalmente o como fazer tudo isso – seja curioso: Desapegue-se, disrupte-se, future-se, localize-se e reinvente-se.
