Nas empresas de todo mundo ainda predomina o estilo taylorista, hierárquico, com a filosofia de comando e controle, e a vaidade aliada a egos inflados. No corporativismo, é comum pensar mais em si mesmo do que no todo ou em uma causa maior, relevante para a sociedade e para o mundo. Empresas de modelo antigo decretam ordens top down, e nem sempre quem o faz tem competência para estar no cargo que está. Pessoas autoritárias são movidas pela insegurança, pela falta de argumentos ou pela falta de paciência. Há ainda uma crença de obediência imediata, totalmente descabida no mundo atual. O impacto no liderado é o imediato desengajamento do assunto, a queda da credibilidade do líder e a sensação de impotência ou pouca relevância, extremamente desmotivadora. O discurso cuidar de pessoas tem sido belíssimo nas empresas, mas a prática oposta. Poucos estão aptos a aplicar estes conceitos. A causa raiz é o modelo mental pobre de percepções e desatualizado. Líderes estratégicos precisam abrir a mente e entender os botões que funcionam no novo mundo. Modelos hierárquicos desaparecerão, assim como políticos corruptos. É inaceitável nos dias de hoje que ambos pensem apenas no lucro, no poder, em números e em benefícios pessoais. Pessoas não são mobilizadas por metas e sim por bons projetos, por um líder inspirador e por causas relevantes. É preciso reciclar as práticas e aprender novas formas de se inter-relacionar. Há muito raciocínio prático, pouco aprofundamento estratégico e filosófico. É preciso criar bases consistentes e lógicas para que pessoas trabalhem pelo negócio não só pelo salário. É preciso cada vez mais ouvir a ponta da operação, servir os liderados e engajá-los na execução das decisões estratégicas. Parece simples, mas estamos errando. Somente 13% das pessoas sentem-se engajadas com seu trabalho. Resultado de liderança ruim. Temos ainda muito a desenvolver, sabendo que colaborador algum, de qualquer geração ou segmento, continuará trabalhando para figuras mimadas, egoístas, pouco humildes e donas da verdade. Fica a dica.
