Matéria do blog Itau/Unibanco de janeiro
Com a agitada vida profissional que temos, é comum a percepção de que as pessoas estão mais estressadas por trabalharem muito e não terem mais tempo para se dedicar à vida pessoal.
Porém, uma pesquisa realizada em 2010 pela especialista em Coaching Apreciativo Weigel Coaching revela um novo fator: a causa do stress atual não é este desequilíbrio e sim a frustração no trabalho, de uma maneira geral. O material é fruto da análise de cases de Coaching Corporativo, realizada no primeiro semestre de 2010 com 500 profissionais de empresas de portes diferentes.
O levantamento mostrou que somente 15% dos entrevistados estão muito satisfeitos com o trabalho e 61,5% estão parcialmente satisfeitos e demonstraram sentimento forte de frustração. Este resultado também foi percebido com a maior parte (41%), que diz já ter alcançado o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Apenas uma minoria (3%) aponta viver num total caos, e quase metade (47%) disse querer mais reconhecimento no trabalho.
“De forma não estruturada, muitos profissionais questionam qual é o retorno que terão pelo esforço extra e pelo aumento das responsabilidades assumidas”, comenta a coach Jaqueline. Embora este indicativo surpreenda, Jaqueline revela que mais surpreendente ainda foi a inversão. “Há alguns anos, a frustração era causada pelo desequilíbrio entre vida pessoal. De certa forma, o assunto foi absorvido pela maioria pessoas e das empresas”, acrescenta.
Encarando a questão
Para lidar com a frustração atual no ambiente de trabalho, Jaqueline recomenda aos profissionais um ajuste nas expectativas:, seja do ambiente, da carreira ou das pessoas com quem interage; a tomada de responsabilidades do papel atual, ou seja, assumir integralmente seu trabalho, sem delegar culpas ou dar desculpas pelo insucesso; e, finalmente, desenvolver a competência emocional.
Para a coach, é importante aprender a lidar, da melhor maneira possível, com o cenário do qual se faz parte, que muitas vezes não é perfeito. Se necessário, troque de emprego, mas nunca se posicione como uma vítima. “A empresa não é responsável pela nossa carreira, e sim apenas um instrumento que podemos usar bem ou mal para chegar onde desejamos”, finaliza.
Conheça alguns números da pesquisa:
Satisfação no trabalho
61,59% em parte
15,18% declaram-se muito satisfeitos
3,57% estão insatisfeitos
19,66% não responderam
Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal
56% acham que a vida está parcialmente equilibrada
41% acham que está equilibrada
3% acham que está desequilibrada
O que o trabalhador mais quer
47% ser valorizado e reconhecido
21% ter oportunidade para crescer
19% trabalhar num ambiente agradável
7% ter melhor remuneração e benefícios
6% mais oportunidades de aprendizado
