por Patrícia Paiva, Foresight Practitioner W Futurismo
“Você pode ficar em casa e ser feliz introspectivo ou pode fazer uma escolha, sair e ser a borboleta que começa a tempestade que muda o mundo.” John Sanford
Passados mais de um mês da decretação da pandemia pela Organização Mundial da Saúde ainda não temos repostas sobre muitos dos fatos e dos consequentes reflexos no nosso dia a dia. São mais de 30 dias de reclusão e, o que para alguns está sendo um momento restaurador
e reflexivo, outros tantos estão amendrontados ou mesmo em negação coletiva. Caos, é o que muitos dizem. Mas há de ter uma forma de lidar com tudo isso.
Mudanças climáticas, formação de trânsito, quotação das ações na bolsa de valores, arritmia cardíaca e pandemia. Todos esses eventos, e muitos outros, já foram estudados frente a teoria do caos. Teoria essa que estuda o comportamento de alguns sistemas que, embora não sejam aleatórios, possuem um determinismo muito difícil de identificar.
São imprevisíveis ou aparentemente imprevisíveis e com grande sensibilidade a eventos iniciais vezque a introdução de uma variável mínima pode alterar significativamente todo o sistema e acontecimentos posteriores.
Essa condição, conhecida popularmente como efeito borboleta, se originou a partir da experiência do meteorologista Edward Lorenz, que desenvolveu um modelo matemático com o objetivo de representar a maneira como o ar se move na atmosfera. Ele percebeu que, ao reanalisar sua teoria, o fato de ter arrendondado os números decimais para imputá-los em seu modelo acabou gerando uma diferença muito grande no resultado obtido. Declarou então que o bater das asas de uma borboleta em algum lugar poderia desencadear um tornado num outro canto do mundo.
Essas características, aparente aleatóriedade, difícil previsibilidade e alta sensibilidade a evento inicial faz com que um sistema caótico não possa ser controlado e portanto não faz sentido planejar a partir dele. Mas então, o que pode ser feito?
Se não é possível planejar podemos buscar formas de tornar o ambiente mais estável e agir sobre os aspectos que se tem controle. A esse respeiito, Gordon (2008) sugeriu algumas formas de gerenciar um sistema caótico. Dentre elas:
- Desacelere: Se você identificar algo que esteja
fazendo que possa estar contribuindo para o caos, teste. Diminua o ritmo. Se o
caos passar a ser uma oscilação apenas então há chances de torná-lo menos
instável; - Perturbe: uma mudança brusca pode alterar a
ordem das coisas e fazer com que tudo tome um novo rumo; - Descentralize: Se tudo acontece rápido e ao
mesmo tempo então procure formas de introduzir uma governança descentralizada
buscando atingir múltiplas frentes de forma independente; - Acalme: Antecipe possíveis repercussões e
desfaça as situações tensas anunciando as ações que serão tomadas; - Adicione recursos: expanda a área que está
sofrendo maior pressão a fim de diluí-la. Nesse caso, tenha cuidado para não
causar um efeito adverso aumentando o fluxo do que originou o problema;
Seja qual for a recomendação que melhor se aplique a você, utilize-a tentando antecipar qual impacto ou impactos suas ações terão para seu negócio, sua comunidade e nosso planeta.
Lembre-se que num ambiente complexo e dinâmico é preciso que se chegue ao limite do caos para que se possa delinear e contruir estratégias múltiplas considerando diferentes cenários de forma a enfrentar as incertezas atuais e as que certamente virão.
Por fim, tenha em mente que sempre haverá oportunidades no caos. E isso, é certo.
(1) Gordon, T.J em – “Management of System in Chaos”, Futures, Summer 2008
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