Criar motivos para ação, estabelecer vínculos, identificação, compromisso, ir além e fazer com que um grupo de pessoas se movimente de forma harmônica em uma única direção. Entre os líderes, este é um assunto comum.
Como conduzir o grupo respeitando as diferenças? O que fazer para que as pessoas entendam a importância do que precisa ser feito?
A parte que cabe a cada um vem sendo abordada de forma superficial. O resultado é a baixa clareza sobre as reais expectativas das pessoas em seus diferentes papéis. Na prática, o que ainda se vê, é uma avalanche interminável de tarefas, cada vez mais controle, cobrança, pressão e foco apenas no resultado. Fórmula fracassada, comando confuso.
É preciso escolher: entre volume e qualidade, entre produção e incêndios a todo o momento. As pessoas na linha de frente da operação tem grandes dificuldades de estabelecer limites e prioridades, e estão cada vez mais sobrecarregadas. Quando se está em sobrecarga não há inovação nem entrega com qualidade, apenas sobrevivência e uma corrida ansiosa atrás do que não tem fim.
Motivar pessoas desta forma é impossível. Sabemos que motivação vem de dentro e que cada um precisa achar seus gatilhos. O líder e o ambiente alavancam ou bloqueiam estas motivações internas. Cada profissional é responsável pelo seu trabalho, pela busca de recursos e pela criação de acordos para que as coisas funcionem.
Líderes antigos usam “cenouras” questionáveis para tentar engajar o time e criam verdadeiros campeões da corrida pela “cenoura”.
O que motiva, mobiliza e engaja pessoas está na direção contrária. Para ganhar sustentabilidade é preciso conhecer o grupo e cada um dos liderados. Deve-se entender valores, planos, momento pessoal e profissional, e então criar estímulos adequados. Além disso, é preciso criar um propósito maior seguido de convites que encantem as pessoas de forma que queiram e tenham orgulho de participar da jornada de trabalho. Metas e crescimento do negócio motivam apenas acionistas e diretorias. O prêmio financeiro é importante, mas sozinho não é suficiente. Aparece em quinto lugar nas pesquisas.
Até quando empresas e líderes tentarão incentivar grupos desta forma pouco inteligente? Grandes líderes criam grandes causas, têm propósitos levam o negócio e as pessoas à lugares relevantes para sociedade da qual fazem parte.
Inspirar é o resultado de uma série de atitudes. Admirar alguém vem de observar aquilo que ele faz, não daquilo que ele sabe. Cada vez mais precisamos quebrar modelos mentais antigos, mudar o nosso jeito de lidar com as pessoas no trabalho e aprender a construir conversas essenciais estruturadas. Este é o grande segredo de um líder.