Imagem: Get Globe 2021, Miscrosoft
2021 vem mostrando a que veio. Entre tendências e especulações, há um território nublado no qual precisaremos navegar durante o próximo ano. Ninguém tem respostas e parece que a época de respostas exatas acabou. Navegar na incerteza, experimentar novos formatos e aceitar que não somos os donos onipotentes do nosso mundo são convites inevitáveis. A inteligência universal inata é maior que a inteligência humana reunida.
Hoje, vivemos o frio no verão, assistimos chuvas intensas, ventos fortes, caos na nação mais poderosa do mundo e um aumento explosivo e óbvio nos casos de pandemia no Brasil e no mundo.
Enquanto isso, boa parte da população esqueceu dos cuidados básicos para evitar a contaminação pela Covid-19, e alguns parecem não ter empatia alguma por quem está sofrendo com esta doença ainda pouco conhecida. A vacina não resolverá o problema rapidamente.
Novos formatos de trabalho já se provaram mais eficientes que os anteriores. Há muitas dúvidas em relação à economia e ainda pouca consciência sobre os novos e inegociáveis chamados globais para pautas de inclusão, diversidade, caos climático e o novo capitalismo, que prestigia o meio ambiente, engajamento social e governança como os temas principais dos negócios e das organizações na próxima década. ESG, é bom ler sobre.
No estudo de tendências que fiz para 2021, destaquei o uso do tempo, nosso bem vital mais precioso. Este ano, o uso do tempo e a quantidade de tempo livre definirão a vida e os hábitos de muitos cidadãos e consumidores globais, que aprenderam que não é mais aceitável desperdiçá-lo com coisas irrelevantes.
O ativismo social será cada vez mais intenso, o consumo cada vez mais consciente e os recursos cada vez mais escassos.
Os negócios precisam transformar rapidamente seus modelos em formatos mais inteligentes e digitais, e a indústria mundial tem enormes desafios, que vão da falta de insumos até o choque da realidade transformacional, que poderá descartar gigantes em curto espaço de tempo. Não há mais garantias por tempo de existência, por tradição ou tamanho. O quesito hoje é relevância, agilidade, sustentabilidade e preço justo.
Na educação o knockout é absoluto. As escolas terão alunos mais exigentes e com demandas diferentes. 2021 será o ano em que o aluno começa a escolher o que quer aprender e o professor se tornará um guia de experiências apenas. O ambiente da escola se tornará um local de socialização, não mais de distribuição e checagem de conteúdo.
A tecnologia bate de frente com a ética, e gigantes digitais terão que rever suas práticas abusivas.
A melhor receita para este ano é preservar a si mesmo e aos seus. Teremos um ano tão ou mais difícil que o ano passado, e a sabedoria é extremamente necessária para quem quer viver bem. O recolhimento interno e a vida altruísta podem ser algo interessante enquanto o mundo se transforma.
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