Artigo Jaqueline Weigel, Gazeta do Sul, 07/02/22
Os parâmetros do futuro não podem estar no passado!
Em 2012 o fim do mundo foi anunciado. Nada de terrível aconteceu, mas a mudança planetária sutilmente começou a se intensificar. Entre o fanatismo e o ceticismo, seguimos a vida, fazendo piada muitas vezes sobre o apocalipse que se anuncia de tempos em tempos. E perdemos de vista o movimento que começa com sinais fracos, que se intensificam até que estejamos atentos ao que precisa acontecer, e possamos nos adaptar.
O universo tem uma lógica matemática, que astrólogos, astrônomos e físicos já compreenderam há milênios. Dez anos depois, a impressão que tenho é que o ensaio acabou e agora já estamos em uma nova frequência.
A pandemia foi marcante o suficiente para entendermos que sem uma parada forçada, nossa espécie não entenderia o novo caminho, tampouco faria ajustes na rota de forma adequada. A mudança vem pela dor ou pelo amor. No nosso caso, a dor ainda parece um caminho necessário.
2022 já deu o tom. Não será um ano de retomada, de crescimento, de mais do mesmo. Será um ano de recomeço, ajuste, semeadura e de abraçar o novo de fato. Leia mais sobre 2022.
Como podemos nos adaptar para esta nova vida na Terra? Primeiro, aceitando a mudança sem reclamar. O que foi em 2019 já deixou de ser, e o mundo não anda para trás.
Descomplicar questões complexas, reagir de forma diferente às mudanças que agora se impõem podem ser bons novos hábitos.
Questionar o que é dito e construir internamente um raciocínio lógico individual. Parar de impor opiniões e deixar que cada pessoa a se localize nesta nova história do planeta.
É dever comprometer-se com as questões coletivas, engajar-se nas causas sociais sem distorção ou fanatismo. Nem tudo é sobre racismo, feminismo ou preconceito. A sociedade é imatura e está mas insegura do que nunca.
Devemos nos politizar sem extremos, desconstruir verdades assumidas, observar as coisas de ângulos diferentes, regar a humildade sem perder a bravura. Precisamos ser abertos, adaptativos, ágeis na mudança de pensamento e de discurso. Mudei de ideia sobre este assunto é declaração de pessoas coerentes e desenvolvidas.
O novo mundo funciona na ótica avessa. Conhecimento não é mais uma moeda, nem lucro ou produtividade. Quem sabia não sabe mais e que na teoria deveria aprender está ensinando.
Precisamos de novas conexões cerebrais. Provoque seu cérebro. Comece se abrindo para ouvir opiniões de quem pensa muito diferente de você. Quando a emoção do contraponto amenizar, você vai ver que algo no discurso contrário faz sentido, e que você tem o que aprender mais do que o que ensinar. Este exercício abre um caminho novo em sua mente: o da exploração do novo. E vai permitir que seu cérebro amplie sua capacidade de ver o mundo como ele é, não como você quer que ele seja.
O planeta está no comando a partir de agora, acostume-se com esta ideia.
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