Sua empresa está preparada para mudanças radicais e pouco crescimento para 2022? A economia entrará em crescimento lento: Low Growth Economy
Quando o final do ano se aproxima, nosso maior foco está nas entregas e no que precisamos fazer para fechar bem o ciclo vigente, e, de forma lenta e gradual, começamos a pensar no ano seguinte.
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Planejar 2022, o tradicional planejamento é o suficiente?
Nas empresas, este é um período de planejamento estratégico, e em momento de tanta incerteza, ainda vejo estratégias frágeis, obsoletas, cheias de lacunas, e o que muito chama de estratégia, não passa de um plano tático de curtíssimo prazo. São empresas que respondem não que se antecipam, e certamente terão pouco destaque no mercado futuro.
Lanço meu estudo de tendências em dezembro, mas 2022 já está fortemente na pauta da minha agenda. A cultura voltada para sustentabilidade, impacto social, governança, diversidade, inclusão e ética devem ficar ainda mais intensas no ano que vem, o que gera um impacto direto nas relações sociais e na forma de consumo. O compromisso de todos com o bem comum passa a ser inegociável.
Projeções de crescimento lento
As projeções econômicas mostram que as próximas décadas serão crescimento lento comparado às décadas anteriores. Por aqui, a tendência é que o cenário piore. Recessão, mais desemprego, força de trabalho despreparada, e bens de consumo deixando de ser a riqueza máxima de um país. O investimento agora exige compromisso, propósito e deve ter como foco a força de trabalho e o capital social, definitivos para o desenvolvimento daqui para frente.
Negócios que não inovam, que não migraram para modelos digitais podem ver seu final mais próximo. A decadência de quem só funciona de forma física já é notória. Empresas híbridas ganham espaço, e as experiências físicas precisam ser integradas a momentos virtuais.
Grandes empresas chegam mais perto da ameaça de extinção, e terão que pivotar, mudar de direção radicalmente para novos formatos e mercados, dispensando ainda mais trabalhadores e redefinindo o uso de seus espaços.
O desafio das cidades
Cidades precisam pensar cada vez mais em sustentabilidade. Mobilidade, o uso da água, da energia, a reciclagem do lixo e o aproveitamento de espaços urbanos de maneira mais inteligente. A natureza nos cobra com alta intensidade esta mudança.
As carreiras profissionais no formato tradicional já implodiram, assim como os modelos de educação de jovens e adultos. Já somos micro e freeworkers, pequenos empresários e profissionais livres se auto gerenciando e desejando cada vez menos o mundo corporativo, repleto de esquizofrenias e doenças emocionais que nos roubam bons anos de vida sem um propósito relevante.
Assistiremos o fim da exploração de combustíveis fósseis, de indústrias que não cabem mais no novo mundo e a ressignificação de tudo que conhecemos. Boas vindas ao Século 21, agora a transformação é pra valer. Não temos mais tempo a perder, todos os alertas já foram emitidos e só não terá lugar no futuro quem não se mexer radicalmente no presente. Comece desconstruindo sua forma de pensar, porque o avesso agora é o lado certo da vida.
Artigo de Jaqueline Weigel para o Jornal Gazeta do Sul, 18/10/21 – Imagem Transformations Treatment Center
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