Adiar a discussão sobre inovação pode tornar ameaças uma realidade.
Jornal Gazeta do Sul, 12 de fevereiro de 2018. Por Jaqueline Weigel
Tradição é uma palavra muito forte no mundo dos negócios. Nos grandes centros, mesmo que com um atraso de 2 anos, o mercado e a indústria discutem a onda 4.0. Tudo gira em torno destes dois números que estão quase obsoletos no movimento do mundo. A indústria do Brasil reconheceu a urgência do assunto no final do ano passado, e o tema virou a ordem do dia. Inovar significa sobreviver.
Negócios de todos os segmentos e tamanhos precisam abrir espaço para este assunto. Ecossistemas sociais precisam conectar-se ao debate e planejar ações casadas. E todos nós, profissionais do mercado precisamos aprofundar a discussão, para que nos tornemos capazes de aprender e nos transformar ao mesmo tempo. Teremos que ser híbridos, desapegados, hábeis, capazes de andar em curvas desconhecidas e corajosos para que possamos nos reinventar junto com o mercado nos próximos anos.
Novos dilemas sociais vem aparecendo. Cada vez há mais executivos entrando em ano sabático para entender as mudanças do mundo. Casa vez mais profissionais vem buscando trilhas de reciclagem. Cada vez mais empresas trabalham para construir caminhos de inovação. Todos os dias temos empresas surgindo.
A mais profunda mudança da raça humana já está em andamento.
A Quarta Revolução Industrial exige atenção, decisão e prontidão. Não é preciso pressa mas a distração pode custar caro. Para o futuro imediato, teremos algumas tecnologias em destaque, mas elas não deveriam virar o novo tecnicismo do mercado. O futuro emergente exige soft skills não conhecimento apenas ou novas tribos técnicas ou tecnológicas. Um novo organismo humano está nascendo: consciente de si mesmo, bem construído em termos éticos, ambicioso por causas de impacto social e corajoso para romper com as barreiras do status quo. Este novo cidadão escolhe a vida que quer viver e cria o futuro que deseja.
Há um novo questionamento no ar: já temos uma ideia do que vem pela frente, agora queremos saber como nos adaptar. Alguns assuntos de 2017 já estão com prazo vencido. Precisamos ampliar a discussão e tirar o foco excessivo em torno da tecnologia. Transformação Digital não é apenas sobre inserir a tecnologia no negócio atual! Ela começa pelo debate em torno da remodelagem do negócio, da mudança da cultura e do mindset dos líderes. Estudos pelo mundo mostram que a digitalização será apenas a primeira etapa da revolução em curso.
Se você é executivo, não perca mais nenhum minuto resistindo e imaginando que vai demorar ou que seu segmento está protegido pela história que criou até agora. Se você é gestor ou head de área, busque cursos tecnológicos, mas dê a mesma atenção ao desenvolvimento de habilidades de comportamento. Elas são as grandes estrelas da próxima década. As máquinas não ameaçam seu trabalho atual, seu modelo mental sim, e sua capacidade de desaprender e reaprender em curto prazo serão definitivas. As escolhas deste ano flutuam entre: influenciar a mudança, ser influenciado por ela ou acordar um dia e perceber que o mundo que você conheceu não existe mais.
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