ESG e lucro sustentável

por | jun 27, 2022 | Cenários, Estudos de Futuros, Futurismo, Strategic Foresight, Tendências

Jaqueline Weigel, Jornal Gazeta do Sul, 27 de junho 2022.

Mais do que um termo da moda, é o passaporte para um futuro abundante.

ESG, em inglês: Environment (meio ambiente), Social ( objetivos sociais) e Governance ( políticas de governança transparentes ).O termo ESG surgiu no mercado financeiro em 2004, como uma forma de medir o impacto que as ações de sustentabilidade geram nos resultados das empresas, e avalia até que ponto uma empresa trabalha em prol de objetivos sociais, que vão além do papel de uma corporação, para maximizar os lucros em nome de seus acionistas. Sociedade e investidores estão levando o assunto muito a sério, e o tema virou um passaporte para a continuidade dos negócios no mercado local e global

O IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, vem emitindo alertas graves e urgentes sobre o clima, e o assunto necessita absoluta atenção de todos os players. Já estamos muito além do limite aceitável para o equilíbrio do planeta, e as consequências vem sendo bastante severas para a vida na terra. Temos um incrível talento de colocar o dinheiro acima de tudo, mas é bom lembrar que se o planeta entrar em colapso, dinheiro algum proporcionará conforto ou refúgio, como já assistimos na pandemia. Não há lugar para se esconder. Portanto, teremos que priorizar o assunto em todas as esferas.

ESG nas empresas significa atender as premissas de sustentabilidade equalizando lucro e impacto. Não é mais sobres discursos maquiados, e sim sobre pensar e decidir de outra forma.

Energias renováveis estão no centro deste debate. Teremos que trocar nossas fontes energéticas tóxicas por fontes limpas, que não causam dano ao planeta, e como consequência, gastar menos os recursos naturais e financeiros para ter acesso à energia, fonte de todas as atividades humanas. É para este setor que os investimentos globais devem migrar nos próximos anos, e onde surgirão inúmeras oportunidades de trabalho no Século 21.

Negócios precisam se envolver com problemas sociais e com sua comunidade. Gerar emprego e criar riqueza apenas passou a ser discurso ultrapassado para as novas gerações. A economia terá crescimento lento a partir de agora, independente de cenário político e a globalização mudou de formato. Não podemos mais esperar, temos que abraçar a causa.

A riqueza está mudando de endereço, e ser sustentável em todos os aspectos, passou a ser a condição para continuar operando. Cidades precisarão se tornar inteligentes e sustentáveis. Mobilidade, fontes de energia, reciclagem do lixo, resíduos, são assuntos que continuarão na pauta até que se tornem prioridade absoluta.

Na prática, é preciso descobrir um propósito que justifique o lucro, levantar o tripé das emissões de carbono, definir metas alinhadas com o movimento do mundo, estreitar o relacionamento com a sociedade e a comunidade, e ser claro e objetivo nas formas de gestão. Sem isso, não haverá futuro que se sustente. O lucro passou a ser o resultado do que fazemos, não a meta.

 

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