Crises e fracassos da liderança no cenário atual

por | ago 23, 2024 | Cenários, Estudos de Futuros, Futurismo, inovação, liderança, Strategic Foresight, Tendências

Porque é tão importante desenvolver competências de futuros e a capacidade de se antecipar não apenas reagir nos líderes atuais

Segundo o artigo de Adam Tooze no Financial Times publicado este ano, o momento que vivemos pode ser descrito como uma “policrise”. Tempestades, secas, inundações, ameaças de uma terceira guerra mundial, crises econômicas, entre outros eventos, compõem esse cenário caótico e complexo.

Um problema se torna uma crise quando desafia nossa capacidade de lidar com ele e, consequentemente, ameaça nossa identidade. Em uma policrise, os choques são diversos, e interagem de tal forma que o todo se torna ainda mais avassalador do que a soma das partes. Às vezes, sentimos como se estivéssemos perdendo o senso de realidade. Esse senso de realidade é construído pela nossa percepção. Segundo o filósofo, antropólogo e sociólogo francês Edgar Morin, não são crises distintas. São consequências de uma só crise. A crise de percepção.

O significado da palavra “percepção” é capacidade de distinguir por meio dos sentidos ou da mente, inteligência, representação mental das coisas e qualquer sensação física manifestada através da experiência.

A forma como desenvolvemos nossa visão de mundo, por meio da percepção da realidade ao longo do tempo, moldou nossos paradigmas. Esses paradigmas são as normas orientadoras de um grupo que estabelecem limites e determinam como um indivíduo deve agir dentro desses limites.

E qual vem sendo a percepção e a visão de futuro dos líderes corporativos e governamentais atuais? 

Como podemos preparar as lideranças para enfrentar as incertezas e a inevitabilidade das mudanças? Estamos prontos para adotar uma mentalidade complexa de mundo que acolha a ideia de futuros alternativos, projetando e experimentando diferentes cenários para garantir uma educação mais relevante, inovadora e sustentável? 

Ou iremos seguir vivendo em realidades reducionistas não idealizadas por nós? 

Como diz o professor Otto Scharmer do MIT, “Porque coletivamente geramos problemas que individualmente ninguém quer?” 

Líderes podem adotar um pensamento antecipatório e impactar os negócios e sociedades e os modelos de  liderança nos próximos anos. É hora de abraçar a antecipação e transformar a maneira como pensamos e ensinamos o futuro. Ao fazê-lo, não só nos preparamos para o inesperado, mas também moldamos ativamente um futuro mais desejável para todos.

Temos três grandes paradigmas que permeiam nossas sociedades e culturas:

Paradigma Mecanicista”

  • Visão fragmentada da realidade, onde os sistemas são decompostos em partes isoladas para análise.
  • Busca por leis universais e deterministas que governam o funcionamento do mundo.
  • Ênfase na causa e efeito linear.
  • Exemplo: A física newtoniana, onde o universo é visto como uma máquina perfeita.

Pensamento Sistêmico:

  • Abordagem holística, onde os sistemas são compreendidos como um todo interconectado.
  • Foco nas relações entre as partes e nos padrões emergentes.
  • Reconhecimento da importância de feedback e ciclos.
  • Exemplo: A ecologia, que estuda as interações entre organismos e seu ambiente.

Pensamento Complexo:

  • Extensão do pensamento sistêmico, considerando a incerteza, a não-linearidade e a emergência de novas propriedades.
  • Reconhecimento da importância da história e da contingência.
  • Abordagem multidisciplinar e interdisciplinar.
  • Exemplo: A teoria do caos, que estuda sistemas dinâmicos sensíveis a pequenas mudanças nas condições iniciais.
  • Física Quântica: Dualidade onda-partícula, sobreposição quântica, princípios da incerteza de Heisenberg etc.

Podemos observar que cada paradigma cria uma interpretação da realidade que, dependendo de como compreendemos um contexto, pode ser extremamente limitada. Muitos dos problemas que enfrentamos hoje foram soluções adotadas por alguém em determinado momento. A visão mecanicista do mundo, por exemplo, desenvolveu uma interpretação de que somos separados do todo, levando à utilização irresponsável de recursos naturais não renováveis, sem considerar o impacto a longo prazo.

O Centro de Resiliência de Estocolmo, um instituto de pesquisa internacional, tem se dedicado a entender os limites planetários — ou seja, os processos que regulam a estabilidade e resiliência do sistema terrestre. A ideia central é identificar até que ponto a humanidade pode pressionar o planeta sem comprometer sua capacidade de sustentar a vida, tal como a conhecemos. O estudo mostra que ultrapassamos seis dos nove limites estabelecidos para que o planeta se mantenha em um estado mínimo de habitabilidade.

A realidade do mundo dos negócios demanda uma nova interpretação: precisamos compreender o mundo de forma mais abrangente, adotando uma visão complexa que considere a sustentabilidade do planeta e as necessidades futuras.

Ensinar o futuro é urgente! Em um mundo onde as discussões ainda se fixam no curto prazo — limitadas a cenários econômicos e políticos — surge um novo paradigma de liderança: o dos pensadores de futuros antecipatórios. Como afirma Wendell Bell, “Sem pensar no futuro podemos REAGIR, mas não AGIR, porque agir exige antecipação.”

No momento crítico que vivemos, não há mais tempo para adiar a preparação  da lideranças para o futuro. É  mais urgente do que nunca. E é evidente que estamos fracassando em diversos aspectos:

  1. Foco Excessivo no Curto Prazo

O modelo de  liderança reducionista ainda focada em resultados imediatos, como metas trimestrais ou ciclos políticos curtos limita nossa capacidade de pensar estrategicamente no longo prazo e de preparar as organizações e sociedades para as incertezas futuras. Sem uma visão de futuro, estamos condenados a apenas reagir aos acontecimentos, em vez de agir proativamente para moldá-los.

  1. Baixa Capacidade de Adotar uma Mentalidade de Futuros Alternativos

Muitos líderes falham em adotar uma abordagem que considera múltiplos cenários futuros. Essa resistência a explorar alternativas e a questionar as suposições do presente nos deixa vulneráveis às mudanças abruptas e inesperadas. Precisamos de lideranças que abracem a incerteza e estejam dispostas a projetar e experimentar diferentes futuros, para que possamos criar um amanhã mais sustentável e inovador.

  1. Educação e Formação de Líderes Desatualizadas

Nossos modelos de educação e formação de líderes não estão acompanhando as demandas e um contexto em mutação.  Ainda estamos formando líderes com base em paradigmas ultrapassados, que não levam em conta a complexidade e a interconectividade dos desafios globais. Há uma necessidade urgente de reformular esses sistemas para incluir pensamento antecipatório e foresight como componentes centrais.

  1. Negligência na Preparação para Mudanças Climáticas e Sociais

Apesar das evidências esmagadoras sobre a iminência de crises climáticas e sociais, muitos líderes continuam a adiar ações significativas. Esse fracasso em agir pode ter consequências catastróficas. Adiar a mudança é adiar o inevitável: o fim do mundo como o conhecemos.

  1. Resistência à Inovação e Transformação

A resistência a mudanças profundas e à inovação é um dos maiores obstáculos que enfrentamos. Muitos líderes preferem manter o status quo, o que nos impede de evoluir e adaptar nossos modelos de negócios e governança para enfrentar os desafios futuros. Sem inovação e transformação, estamos condenados a repetir os erros do passado.

Para evitar esses fracassos, é crucial que adotemos uma mentalidade de #Foresight, onde a antecipação e a preparação para múltiplos futuros possíveis se tornam centrais em nossas práticas de liderança. 

Foresight ajudará líderes a se antecipar às devastadoras mudanças do Século 21 

É precisamente neste contexto atual de poli-crises que o pensamento antecipatório se torna uma habilidade essencial. Ele nos capacita a aprender, preparar e agir diante dos cenários exponencializados, promovendo uma mentalidade orientada ao futuro com potencial de modificação dos modelos de oferta de educação presentes.

Vale destacar que o pensamento antecipatório não é uma ferramenta para prever o futuro, pois isso não é possível. Em vez disso, é uma abordagem para projetar e experimentar futuros alternativos usando a projeção e a imaginação. Ciência e imaginação trabalham de mãos dadas para a criação de novos produtos e serviços, moldando nosso caminho a seguir. Ao adotar esta mentalidade, rompemos com a visão predominante de curto prazo e abraçamos a inovação em um contexto social dinâmico.

Vale destacar que a competência em #Foresight envolve pensar sistemicamente, analisando interdependências e projetando cenários de longo prazo, identificando e interpretando tendências sociais, tecnológicas, econômicas e políticas. Exige criatividade, inovação, pesquisa e análise de dados para fundamentar projeções, construção de cenários detalhados e gestão de incertezas. Também inclui a capacidade de colaborar e engajar diversos stakeholders, comunicar insights de maneira clara e persuasiva, e manter uma postura aberta e curiosa para explorar novas ideias. Essas competências permitem que líderes e organizações antecipem mudanças, desenvolvam estratégias flexíveis e se preparem para futuros alternativos, transformando incertezas em oportunidades estratégicas.

Como estudiosos do campo de futuros e praticantes do #Foresight, acreditamos que é imprescindível usar metodologias de projeção, como a análise de tendências, a identificação de sinais fracos e fortes e a consideração de eventos inesperados. E a W Futurismo é pioneira neste assunto no Brasil. 

Essas estratégias permitem explorar e entender as diferentes possibilidades de futuros, tornando-nos mais preparados para lidar com as inevitáveis mudanças e, até mesmo, criar de forma participatória futuros desejáveis. Isso impacta diretamente o core, portfólio de produtos, abrangendo tanto a continuidade e a descontinuidade quanto o lançamento de novos produtos e serviços com foco na sustentabilidade. 

Você já parou para pensar nos desafios e oportunidades que o futuro nos reserva? O líder antecipatório deve possuir um conjunto de habilidades e competências que o capacitem a prever e se preparar para futuros desafios. Ele precisa ter alta interação, o que significa a capacidade de captar e interpretar sinais do ambiente. Além disso, é essencial que ele possua cognição elevada, permitindo um entendimento profundo de problemas complexos e a capacidade de simplificar e solucionar rapidamente.

Um líder com habilidades de observação e articulação combina dados, intuição e percepções para criar estratégias eficazes. O domínio espacial é igualmente importante, pois envolve a compreensão do contexto e dos fatores ecológicos que influenciam a organização. Por fim, a liderança política é crucial, uma vez que o líder deve ter habilidade para lidar com diversos atores e interesses, equilibrando diferentes perspectivas e necessidades.

No entanto, embora a governança antecipatória ofereça muitas vantagens, ela também apresenta desafios. A incerteza é um fator constante, já que as previsões baseadas em dados nem sempre se concretizam, exigindo flexibilidade e adaptação contínua. Além disso, a ética e a privacidade são questões fundamentais, pois a coleta e utilização de dados preditivos devem ser conduzidas de maneira ética, respeitando a privacidade dos indivíduos.

Assim, enquanto nos preparamos para enfrentar o futuro, é vital que os líderes desenvolvam essas habilidades e estejam cientes das suas limitações para navegar de maneira eficaz e ética em um mundo em constante mudança.

Como ser umLíder Antecipatório e Impactar Negócios no médio e longo prazo

A Liderança Antecipatória, expertise da W Futurismo,  busca incluir uma visão de longo prazo, traduzida em mudança contínua, na gestão dos negócios. É sobre estabelecer cultura, processos, estilo de gestão e até mesmo estratégia, com pensamento sistêmico e olhar futurista.

De acordo com Anika Savage e Michael Sales, os líderes antecipatórios são:

  • Futuristas – entendem a dinâmica do ambiente de sua organização, pensando além do óbvio. Eles são estudantes implacáveis ​​de tendências emergentes, habilidosos em entender e explicar como as forças externas moldam o contexto da organização
  • Estrategistas – são capazes de ver as  possibilidades que essas tendências podem prenunciar e colaboram com suas equipes para formular estratégias de alta alavancagem, que resultam em produtos e serviços dominantes no mercado. 
  • Integradores – são mais do que observadores hábeis e analistas racionais. Eles envolvem suas organizações em diálogo e descoberta mútua de possibilidades, demonstram interesse genuíno e compaixão pelas opiniões e preocupações dos outros, envolvendo as pessoas no processo de pensamento estratégico.

John Ratcliffe e Luke Ratcliffe, em seu artigo “Anticipatory Leadership and Strategic Foresight: Five ‘Linked Literacies’”, desenvolveram o conceito de cinco letramentos antecipatórios, conectando liderança com futuros: Conhecimento, Autenticidade, Audácia, Adaptabilidade e Ação.

Quando falamos de conhecimento, nos referimos especialmente ao autoconhecimento. Um líder antecipatório precisa se conhecer, para se transformar e só assim conseguirá mudar o ambiente e as pessoas ao seu redor.

As pessoas desejam um líder que tenha personalidade e seja autêntico, em quem possam confiar para lhes trazer uma visão de futuro, baseada especialmente em caráter.

Os líderes empresariais que terão sucesso serão notáveis ​​pelo seu pensamento holístico, perspetivas globais, experiência internacional, capacidades multilíngues, familiaridade tecnológica, mentalidade empreendedora, criatividade e capacidade de lidar produtivamente com a complexidade e o caos, mas também devem ser orientados para o futuro e audaciosos.

Os líderes antecipatórios precisam estar continuamente em adaptação, para que possam conduzir suas organizações em um mundo em constante transformação.

Muitas vezes planejamos e quando falamos de futuros, usamos as técnicas de #Foresight mas deixamos a desejar na ação, nos perdendo na execução e operacionalização do que planejamos. Por isso, os líderes antecipatórios também precisam se destacar na Ação!

A colaboração e a cocriação são competências que precisam ser desenvolvidas pelas lideranças.

Desafios Inerentes à Liderança Antecipatória

Entretanto, mesmo com todas essas vantagens, a liderança antecipatória não está isenta de desafios. A incerteza é uma constante. Previsões baseadas em dados, por mais precisas que sejam, nem sempre se realizam da forma esperada, exigindo que o líder mantenha uma postura flexível e esteja sempre pronto para se adaptar.

Além disso, questões éticas e de privacidade se tornam cada vez mais relevantes. Na era dos dados, onde a coleta e utilização de informações preditivas são comuns, é imperativo que os líderes conduzam esses processos de maneira ética, respeitando a privacidade dos indivíduos e garantindo a transparência nas suas ações.

Os desafios globais, como a mudança climática, que afeta diretamente a economia e a política, exigem uma abordagem antecipatória para mitigar seus impactos e adaptar as organizações às novas realidades. Entramos também em uma era de economia de crescimento lento (“Slow Grow Economy”), onde o crescimento econômico é cada vez mais incerto e menos previsível, tornando a habilidade de antecipação ainda mais crítica.

No cenário político, a instabilidade que muitos países enfrentam torna as previsões ainda mais complexas e desfavoráveis. Navegar por essa incerteza política requer líderes que não só preveem, mas que também moldam o futuro através de suas ações estratégicas.

O líder antecipatório demonstra ou treina as competências para: Observar, Perceber, Interagir, Imaginar, Criar e Agir. Nesse âmbito, revela uma sensibilidade refinada para interpretar com discernimento, integrando conhecimentos oriundos de experiências passadas, realidades do presente e percepção de desafios e oportunidades do futuro.

A equalização de todas as habilidades à luz da conexão entre elas revela a necessidade premente de integrar os elos desta complexidade. A integração eficaz entre esses elos demanda engajamento e colaboração para a busca de soluções que verdadeiramente transformem cenários obstruídos pela inércia da inovação, pelo medo intrínseco à mudança e pela falta de coragem e ousadia dos indivíduos. Adicionalmente, a natureza da mudança não é um processo simples e fácil de executar; no entanto, a letargia na ação pode levar muitos indivíduos, negócios e sociedades a um estado de estagnação irreversível. Isso é facilmente identificável quando os “líderes passivos” abandonam o engajamento, a inspiração e a tomada de decisões, conduzindo os grupos a uma situação de deterioração iminente. 

Vencendo os Desafios

Os líderes que buscam a mudança com uma abordagem holística, podem usar a Teoria U, criada por Otto Scharmer, como modelo de liderança.

Há uma conexão entre a Teoria U e #Foresight, já que a Teoria U fornece aos líderes uma estrutura que oferece novas abordagens para lidar com as complexidades da atualidade, propiciando transformação coletiva capaz de moldar o futuro.

A Teoria U se baseia em um processo de introspecção e co-criação que possibilita a modelagem de futuros emergentes. É uma “jornada em U” de mudança, em sete etapas: suspender, redirecionar, deixar ir, estar presente, deixar vir, decretar a lei e incorporar.

“Suspender” consiste em deixar de lado preconceitos e julgamentos para observar a realidade de forma aberta.

Para “Redirecionar” precisamos mudar o foco da atenção para entender o contexto e as dinâmicas em jogo.

‘“Deixar Ir” consiste em abandonar padrões e hábitos antigos que não são mais úteis.

“Estar Presente” é se conectar com o momento presente e com a essência do que está acontecendo.

“Deixar Vir” permite que novas ideias e possibilidades surjam.

“Decretar a Lei” se baseia em tomar decisões e definir ações baseadas nas novas percepções.

“Incorporar” consiste em implementar as mudanças e integrá-las na prática diária.

A descida do U representa a desconstrução dos antigos padrões (presente) e a subida simboliza a construção de novas soluções (futuro). Portanto a jornada nos guia do presente para o futuro.

Para começar reúna um grupo diversificado de pessoas e crie um espaço seguro para diálogo e troca de ideias, mapeie o contexto atual, promova a reflexão coletiva, desenvolva protótipos, implemente e escale, criando uma cultura de aprendizagem contínua.

Ao aplicar a Teoria U os líderes podem promover uma visão holística, estimular a criatividade e tomar decisões conscientes, contribuindo para o sucesso dos negócios.

Conclusão 

Tornar-se um líder antecipatório exige um compromisso contínuo com o aprendizado e a adaptação. Além disso, a participação em comunidades de prática e redes de liderança global pode fornecer insights valiosos e oportunidades para troca de experiências com outros líderes inovadores. Manter-se atualizado com as últimas tendências tecnológicas, econômicas e sociais também é crucial para um líder antecipatório.

Em última análise, a liderança antecipatória é uma jornada de desenvolvimento contínuo, onde o sucesso depende da capacidade de aprender com o passado, agir no presente e antecipar o futuro. 

Aqueles que abraçam essa abordagem estarão equipados para liderar com eficácia em um mundo em constante transformação, garantindo não apenas a sobrevivência, mas o florescimento de suas organizações diante dos desafios globais.

Saiba mais sobre Liderança Antecipatória na W Futurismo ou no contato@wfuturismo.com

Autores: Thuinie Daros, Delma Moraes, Anderson Gonzaga, Daniela Nery, Indakéia Lima, Glória Copello – Foresight Practitioners formados pela W Futurismo

Curadoria: Jaqueline Weigel, futurista global, W Futurismo, Brasil

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