Como você se prepara para o Futuro?

por | mar 1, 2019 | Futurismo

Neste mundo recheado de incertezas, onde o consumidor é o foco, disciplina e metodologia são fundamentais para o sucesso nos negócios do futuro. Confira os ensinamentos da futurista Jaqueline Weigel

 

A futurista Jaqueline Weigel foi entrevistada pela Revista Feed & Food e o resultado foi uma reportagem bastante abrangente sobre o mercado do futuro e as formas de se preparar para ele. Confira a reportagem completa.  

 

Estamos no meio da Quarta Revolução Industrial. Recém iniciada, o período se prolongará pelos próximos 20 a 25 anos. Então, precisamos nos acostumar à realidade. “O nosso conhecimento até os dias de hoje teve o seu valor, mas não serve para o futuro. É preciso fazer diferente. Existem forças impulsionadoras de mudanças que vão muito além da tecnologia, englobando diversas mudanças culturais na nossa sociedade”.

Essa é a visão de mundo de Jaqueline Weigel, futurista, humanista, estrategista de Inovação, instrutora de Liderança Exponencial e CEO da W Futurismo. “Temos um novo consumidor hoje, com diferentes exigências, como a ética no processo produtivo. E, as pessoas na cadeia do agronegócio estão vivendo tudo isso intensamente, com uma entrada rápida de tecnologias inovadoras no campo”.

E o que isso quer dizer, na prática? Jaqueline responde: “Precisamos abandonar algumas ideias, como que o mundo é controlável, o amanhã é previsível e o que eu fiz uma vez vai dar certo sempre”.

Todo esse conceito tem nome: Foresight.

Muito além de tecnologias disruptivas e do Vale do Silício, a especialista resume: “É você visualizar o futuro desejado e de lá olhar para o presente para criar boas estratégias práticas, por meio de metodologias. Isso nos capacita a olhar para o futuro com disciplina, para que nos acostumemos com ele e saibamos ligar a realidade do negócio com o que está acontecendo”.

Confira a entrevista e entenda a ciência de futuros e sua aplicação prática: 

Nos dias de hoje, olhar para o futuro com disciplina é uma premissa para sobreviver no mundo dos negócios?

Jaqueline Weigel – Todos nós, independente de estarmos ligados ao mundo corporativo ou não, precisamos nos tornar fazedores no presente e pensadores do futuro. Fomos treinados culturalmente para honrar o passado e mantê-lo, com a ideia de que o futuro é mero acaso. Então, todos precisamos pensar no futuro que queremos criar.

Porém, é fundamental entender que ele não é previsível e só o que temos na mão é o presente. Ou seja, é a partir do hoje que começamos a moldar o amanhã. E isso é muito novo culturalmente. Temos um foco muito curto. Normalmente, cuidamos do que temos para fazer hoje e não pensamos direito para onde estamos indo.

É importante que os executivos do mundo dos negócios entendam a necessidade de se começar a olhar para o longo, médio e curto prazo, para tomar melhores decisões. Devemos aprender a olhar para esses futuros com um pouco mais de disciplina, estrutura e metodologia, para identificar o que podemos fazer, pois, dentro desses futuros existem aspectos que não somos capazes de controlar, mas existe uma boa parte que somos capazes de influenciar.

Sobre o futuro a ser analisado, qual seria? Aquele apresentado pelas tendências e projeções ou aquele que a gente quer que seja realidade?

Tendências, projeções e cenários futuros são sempre sinais. Apenas isso. Nunca se pode tomar essas informações como um futuro certo, mas são importantes para ajudar a olhar para a sua realidade e refletir e entender se as suas decisões fazem sentido ou não. Ninguém é capaz de adivinhar o futuro, mas pode estar mais bem preparado para ele.

Vivemos em um mundo de profundas transformações e cada vez mais constantes. Como essa ciência pode ajudar a entender para onde estamos caminhando?

O Foresight é muito importante para que as pessoas consigam adaptar seu jeito de pensar, consigam abraçar as incertezas e usá-las como uma estratégia. Na verdade, o tempo onde havia uma garantia de um mundo estável, que saibam como as coisas serão e o que acontecerá, já acabou. Vivemos durante muito tempo dessa maneira, e era possível. E ainda, fomos treinados para ir passando essa herança, de pai para filho.

Precisamos nos conscientizar que todo dia é de aprendizado, surge uma nova tecnologia e uma nova demanda do consumidor. Com isso, pessoas de geração mais antigas estão tendo uma ótima oportunidade de rejuvenescer, aprendendo com a juventude, que possui uma mentalidade muito mais
pronta para toda essa complexidade atual.

Nós éramos muito mais simples. E o jovem hoje, também no campo, já detém um pensamento complexo. Trabalhei com pessoas no agro, em fazendas pequenas, que apresentavam uma linguagem muito sofisticada. Então, é preciso dizer que as novidades não estão apenas lá no Vale do Silício. Estão entre a gente e por todos os lados. Precisamos reaprender todos os dias.

Nesse contexto, a incerteza passou a ser uma vantagem competitiva para quem souber usá-la nos negócios. E agora sobre a realidade brasileira. Temos a oportunidade de começar uma nova era na política neste ano.

E em relação à própria sociedade e no mundo corporativo, quais são as suas expectativas?

Estamos em um momento em que a sociedade está usando sua inteligência coletiva e as mudanças políticas são consequência do que essa nova sociedade quer. Assim como as mudanças nos negócios são consequência do que essa nova sociedade quer.

Colocando os personagens de lado, vejo que uma grande faxina foi iniciada na política brasileira. Um clamor popular ganhou força. A sociedade não aceita mais qualquer coisa e de qualquer jeito. E esse pensamento se estende também ao mundo corporativo. A sociedade de hoje não tolera empresas que paguem propinas a façam qualquer coisa para obter lucro, assim como não aceita que depredem o planeta ou produzam produtos de má qualidade.

Existe uma voz social que os empresários do agronegócio precisam ouvir. Os negócios não giram mais em torno das indústrias, mas em torno do que a sociedade quer. Então, vejo esse novo momento político não como algo milagroso, mas um momento otimista. Estamos fechando um ciclo muito ruim no Brasil e iniciando uma fase que começará a tirar o País do buraco.

“O LÍDER DE HOJE É QUEM INFLUENCIA A MUDANÇA E ENGAJA AS PESSOAS. E NÃO SE RESTRINGE AO CEO. ELE É O CENTRO FACILITADOR, MAS É PRECISO A COLABORAÇÃO DE TODOS PARA O SUCESSO DO NEGÓCIO”

 

Autor: João Paulo Monteiro (Revista Feed & Food)

Link da matéria: https://www.revistafeedfood.com.br/pub/curuca/?numero=142&edicao=10996#page/26

 

 

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