Por Jaqueline Weigel
As startups estão na pista. Cada vez mais estruturadas e ousadas, quebram todas as regras de negócio vigentes até então. Focam em resolver problemas sociais, querem causar impacto em bilhões de pessoas, pensam na experiência do cliente, abrem mão de poder e exclusividade, unem-se criando força coletiva e incluindo os stakeholders na cadeia de valor, e dão um novo tom ao mundo corporativo: viemos para mudar as regras e para toar o lugar dos gigantes de mercado.
No universo tradicional, muitos ainda não entendem como as startups funcionam, e como se tornarão os negócios do futuro. Outros imaginam que seja mais um evento passageiro, uma moda que já já desaparece. Os ecossistemas de startups são fortes mundo a fora, especialmente em Israel, Vale do Silício e alguns lugares da Europa. Os novos negócios vêm crescendo aceleradamente, e impactando o mercado antes dominado por empresas tradicionais. Crescimento exponencial é o termo correto para este desempenho acelerado muito acima da escala linear que conhecemos até agora. Mundo em mudança, Quarta Revolução Industrial em andamento, a sociedade global se une em torno de uma causa: melhorar o planeta e torná-lo inteligente, para que ele suporte 10 milhões de pessoas em poucos anos. Estamos disruptivos, a capilaridade é imediata e a velocidade dobrará a cada 13 horas nos próximos anos. Não é uma mudança qualquer, e sim um tsunami que inunda os quatro cantos de um planeta que não tem cantos, mas que gira aceleradamente. Com o mundo em mudança, temos hoje uma sociedade que rompe barreiras, que clama por um novo tipo de pessoa: seres com ética, com valores, com propósito, que juntos trabalham por causas valiosas tais como diminuir a fome, aumentar o acesso, facilitar a vida de todos os habitantes do globo terrestre.
Muitas pessoas não tem a dimensão do que está acontecendo, e nem imagina que pais não serão mais capazes de orientar seus filhos, que profissionais seniores voltarão a ser aprendizes de jovens encantadoramente corajosos e preparados. O mundo em dez anos será irreconhecível, e o que vivemos hoje será equivalente ao que vivemos há dois séculos atrás.
No mundo corporativo, a troca de pessoas é latente. Somente 10% dos atuais conselhos tem intimidade com a era digital. Os CEO’s não sabem onde estão as pessoas que podem ajudar nesta mudança. Os líderes além de perdidos e sobrecarregados em operações lentas e fracassadas, lutam pela sobrevivência, quando deveriam capitar projetos inovadores. Os trabalhadores estão insatisfeitos, mas temerosos pelas perdas que se tornam cada dia mais reais: não haverá emprego, diretos, salário fixo ou benefícios: cada um terá que cuidar de sua pequena marca ou empresa e tornar-se um serviço interessante para o mercado. O ganho será composto, e trabalhos repetitivos automatizados.
Frente a tudo isto, senti necessidade, como pesquisadora de futurismo, coach, educadora e líder de uma aceleradora de transformação, de criar uma trilha de aprendizado e desenvolvimento para pessoas e para empresas, para que todos possam compreender o que está de verdade nos impactando. Sem organizar a informação e transformá-la em aprendizado útil, sofreremos mais do que o necessário para nos adaptar. Cursos, treinamentos e universidades tradicionais estão ficando em módulo obsoleto, porque nos preparam para o passado.