Inevitável falar deste momento caótico do mundo. Muitos são os questionamentos e vejo que algumas pessoas são reativas, outras dramáticas, algumas se revoltam, outras anunciam o fim do mundo. Pode ser que seja mesmo o fim do mundo, de um mundo torto que criamos com nossas ambições, com nosso ego inflado, com nossas mentes limitadas. A mente não tem poder, quem tem é a alma. O poder da mente sobre a matéria significa que a alma tem propriedades capazes de influenciar a matéria.
Assim como esta afirmação, quanto ensinamento antigo além deste distorcemos? Do que na verdade nos afastamos ou o que fizemos de tão errado para que o mundo virasse esta bagunça? A resposta, em minha modesta opinião, é que nos afastamos da essência das coisas e de nossa própria essência. Tornamo-nos seres vazios, robóticos, manipuláveis, influenciáveis e bobos correndo atrás de coisas materiais que deveriam ser apenas ferramentas de nossa evolução. Avançamos tecnologicamente, mas perdemos a capacidade de refletir, interagir, alimentar nossas habilidades mais sagradas, como a solidariedade e a compaixão. O mundo capitalista é um lixo, uma fórmula comprovadamente falida. Ter cada vez mais, apropriar-se do poder, brigar por terras, jogar com vidas, levar vantagem e enriquecer de forma rápida e ilícita, para morrer sem levar nada e deixar um rastro de conflitos em torno do patrimônio que construímos. Somos os grandes gerentes interinos das coisas, apenas isso. O verdadeiro propósito da vida não é este. A vida é uma experiência e a matéria é o trilho pela qual evoluímos como almas. É preciso ter um novo entendimento sobre a vida. O que nos ensinaram nas igrejas é distorcido. Religiões criaram dogmas e se anunciaram donas da verdade por séculos, enquanto que nos bastidores, seres desprezíveis agiam de forma obscura. Ninguém é dono de uma única verdade, e a verdade das igrejas não é a verdade maior. As religiões distorceram o conhecimento. Algumas delas evoluíram outras não, insistem no velho mundo dogmático e de exterminação ou julgamento do que é diferente. Não temos o direito de julgar a quem quer que seja, nem a nós mesmos. É o que nos torna vazios, estúpidos, pequenos. A matéria é efêmera e não sustenta uma vida e suas nuances.
O mundo foi criado para que possamos evoluir, fazer correções, aprender, doar e receber para compartilhar. Alguns têm mais recursos, outros menos, isto depende da jornada e do desafio de cada espírito. Cada um de nós precisa abraçar sua própria causa e ser solidário e ativo na causa do mundo. Existe vida e energia fora do nosso planeta, isto a ciência já comprovou. Tem dúvidas? Leia mais. Já há o encontro da ciência e da espiritualidade. Sem o entendimento maior será impossível continuar vivendo ou viver plenamente.
Estamos chocados, revoltados, impotentes. Não estou chocada, apenas triste e com compaixão pelas vítimas. Fatos como os de Paris e Mariana são tragédias inesperadas, mas anunciadas. Brincamos com a vida. Não a levamos a sério, até tomarmos um grande susto. Observe a vida, faça a grande leitura dos fatos. Legalmente há responsáveis, mas somos cocriadores deste mundo. Permitimos as coisas, nos omitimos, vivemos de forma rasa e com muito pouco nos anunciamos muito felizes. Nosso mundo tem um prazo para se regenerar, dizem os estudos espirituais respeitados. Precisamos trabalhar juntos para mudar este mundo, o modelo mental da raça humana e nossa forma de coabitá-lo. Minha impressão é que o mundo passará por tempos difíceis. Há uma sombra como se fosse uma luta explícita do bem e do mal. Minha esperança é que já há muito mais gente desperta e consciente do que há 25 anos atrás quando comecei meus estudos. Uma das partes sucumbirá. Sigo acreditando que o bem sempre vence o mal, mas o modelo de ser humano que construímos me deixa em dúvida. Que hajam orações por todos nós. Engana-se quem pensa que as coisas geograficamente distantes não nos afetam.