Temos o desagradável hábito de rejeitar o novo, de resistir ao que virá independente de nossa vontade. Julgamos que não é bom sem sequer conhecer o que vem. Nossa base de referência é fraca, pobre, porque há muita diversidade e muita vida além de nossa limitada experiência individual. Cada vez que surge uma proposta fora do modelo padrão, ou fora do que conhecemos, prontamente falamos contra, duvidamos, achamos que não passa de uma nova e insignificante invenção do mundo moderno. O mundo não retrocede, ele avança. O Brasil sim, vem retrocedendo em sua cultura, na economia e no modelo mental. Precisamos despertar, apreciar o novo, entender que os novos formatos são grandes ideias que farão diferença no mundo. A velocidade, a mudança traz progresso, que é uma Lei Natural. Frente a tantas novidades e tantos desafios, precisamos aprender a ser flexíveis, a não julgar o novo, a deixá-lo entrar em nossas vidas, não como uma atitude passiva de aceitação, e sim de compreensão de que mudar é necessário, cíclico , e acompanha a jornada humana desde os tempos do big bang.
Discutir para ver quem sabe mais ou quem está certo passou a ser uma perda de tempo. Todos precisaremos saber, entender, aprender. É irritante de ver como as pessoas se protegem atrás de cascas frágeis como a de um ovo, que em uma batida simples se racha. Estamos na era do não saber, do aceitar a vida e seu fluxo e de sermos protagonistas com nossas vidas e com o mundo. Paremos de bater boca e trabalhemos mais pelo todo, pelo próximo seja ele quem for, e por nós mesmos. Para defender nossa teoria costumamos atacar a teoria do outro. No Japão, quando alguém em uma discussão se manifesta, o ouvinte aprecia e aprende. O que precisamos para entender que nosso jeito reativo é ruim e grosseiro? Ofendemos uns aos outros para ter razão, em nome de uma resistência inútil em relação à mudança do mundo. Seres humanos precisam acelerar seu desenvolvimento, seu jeito de ver as coisas, e sua maneira de agir e reagir. Calar, observar, aceitar e aprender serão sempre uma escolha sensata.