Viver por viver seria uma estupidez e uma afronta à inteligência humana. Está provado e comprovado que uma vida mecânica não traz felicidade autêntica. Somos orientados por necessidades, e segundo a pirâmide de Maslow, o sustento e a sobrevivência são básicos e enquanto não atendidos não temos condições de pensar além. Na leitura maior, a ciência nos mostra que para o homem moderno, a sociabilidade é tão importante quanto o alimento orgânico. Precisamos nos relacionar, precisamos trocar. Por quê? Para que possamos evoluir em grupo, buscar um sentido para a vida, somar forças e lutar pelo progresso.
Durante muitos anos, vivemos uma vida automatizada, mecânica, superficial, sem graça. Hoje a maioria das pessoas está em busca de sentido, de porquês, de razões e propósitos maiores do que apenas sobreviver. O “o que”, “o porquê” e “o como” se unem em prol da evolução humana. Desde uma simples tarefa até o planejamento do ano, as pessoas querem entender as razões pelas quais elas devem se movimentar, ou desejam fazer alguns movimentos. Passamos 95% do nosso tempo no piloto automático. 5% de despertar não é mais o suficiente para criar uma vida que faça sentido na grande figura. Este não é mais um desejo futuro e sim uma razão presente para justificar tanto questionamento, quebra de paradigma e mudança. Estamos questionando, refletindo, construindo.
13% das pessoas, segundo uma pesquisa atual, estão engajadas no trabalho. É um número insignificante. Pessoas não se engajam mais em metas corporativas com apelo apenas em share ou números. É preciso criar histórias, projetos, causas, e ganhar dinheiro. Em empresas de todos os tamanhos, em sociedades, em carreiras e nas famílias, o questionamento está aberto, acontecendo de forma explicita ou velada. Porque fazer isto? Onde me leva? Porque isto é importante para mim? Onde estou inserido? Este contexto me diz alguma coisa ou é só onde ganho meu sustento.
As perguntas estão no ar. E a mais difícil delas chegará para todos em algum momento: porque eu existo, o que faço aqui, o que deixarei de relevante se deixar de existir?
Filosofar é desenvolver o intelecto. Intelecto desenvolvido exige mais do que o óbvio, exige respostas criativas, caminhos e objetivos relevantes.