Futurismo virou assunto, mas o nome mais adequado da disciplina que estuda futuros é Foresight ou Estudos de Futuros.
Segundo a grande futurista Eleonora Masini, Futurismo é um movimento artístico do passado, ligado ao fascismo e a outras influências nada interessantes, e é bastante inadequado utilizar o termo em alguns países como Itália e Finlândia por exemplo.
Esqueça também Futurologia, é péssimo porque nos remete a adivinhação e previsão de futuro. O futuro não é previsível.
No Brasil, qualquer um hoje se intitula futurista, fala de futuro no singular como se só houvesse um caminho e um único futuro. Na academia de Foresight chamamos isso de futuro colonizado, usado ou determinado.
No mundo inteiro, empresas, instituições e governo fazem uso de metodologias de Foresight que a maioria dos brasileiros desconhece. O assunto já existe por aqui há 20 anos, mas ficou restrito dentro de um pequeno grupo acadêmico ou disperso entre poucos profissionais, quase invisível ao grande público.
Falar de futuro não torna ninguém um futurista. Inovação e tecnologia fazem parte da estrada de futuros plurais, mas os pilares estratégicos são mais amplos. Cultura, Governo, Trabalho, Negócio, Ciência e Tecnologia e Educação estão interligados e pavimentam o caminho para o longo prazo de forma transversal.
Ir ao Vale do Silício ou fazer um curso na famosa universidade do Vale não qualifica o suficiente para a construção de futuros sustentáveis, e torna nossa visão limitada à visão americana, desprezando inúmeros futuristas históricos do planeta.
O que é Foresight?
É preciso conectar a transformação social com os desafios globais do mundo, colocar os negócios a serviço da sociedade, encontrar propósito para tudo que fazemos, e monetizar de forma ética e sustentável. Olhar parta o longo prazo para decidir melhor no curto prazo e agir imediatamente.
Futuristas não são pessoas que vivem no futuro, são profissionais qualificados academicamente para interpretar sinais que vão muito além de trends e cenários comerciais. Usamos metodologias diversas para criar estratégias robustas para países, empresas e cidadãos do mundo que se aproxima.
Não existe definição única, nem verdade absoluta, tampouco dono deste assunto. O Brasil se engasga nas ondas de inovação digital, mas já existe Certificação Internacional em Foresight Estratégico por aqui, reunindo grandes nomes globais do assunto.
Em minhas viagens globais, aprendi a olhar para diferentes futuros através de diferentes lentes. Também a usar metodologias estratégicas que alinham futuros plurais com o momento atual. Não podemos mais falar apenas de futuro de curto prazo, de tecnologia e de inovação. Temos que estar prontos ara futuros possíveis, prováveis, plausíveis e preferidos, mas além de tudo futuros totalmente inesperados. É possível que em 2030 sua empresa, sua profissão ou seu segmento sequer existam. Você estará pronto?
Jaqueline Weigel,
Futurista Global e Pós Humanista
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