Até quando viveremos uma vida de faz de conta? É tempo de ser verdadeiro, autêntico, feliz. A felicidade pode ser experimentada todos os dias e para isso é preciso injetar na veia uma dose múltipla de coragem. Coragem para romper com padrões e expectativas, com discursos prontos e conselhos inúteis. A vida passa rápido demais e nenhum arrependimento vale a pena. A abundância da vida se apresenta todas as manhãs, e reféns de todos os tipos de medo nos escondemos, adiamos, duvidamos, recuamos. Acabamos não assumindo nossa jornada com todas as cores que ela tem.
Para viver plenamente é preciso ser ousado, correr riscos, escolher caminhos difíceis, quebrar paradigmas, sair do modelo padrão e morno que nos ensinaram a seguir. Criamos vidas falsas, vivemos numa vitrine. Abrimos mão de nossa essência para criar uma vida de aparências. Pequenos momentos de reconhecimento, admiração e regozijo nos encantam, e vendemos nossos sonhos e desejos em prol de nos tornarmos cidadãos certinhos, homens bonzinhos e mulheres perfeitas. Histórias mornas, sem tempero, que não inspiram nem a nossos filhos. Por alguns anos admirei pop stars. Depois meus modelos eram pessoas ricas e glamorosas. Hoje, aprecio gente simples, que tendo posses ou não corre riscos, faz diferente, se atreve a viver. Quanto menos complicamos, mais felizes somos. Quanto menos padrão, mais colorida e expandida é a vida. Quanto menos somos o que os outros esperam, mais nos tornamos modelos a serem seguidos. O mundo anda cansado de barbies perfeitas e executivos poderosos. Queremos gente simples, interessante, decente, alegre e corajosa, que muda o padrão do normal das coisas e torne a vida extraordinária. Saia da casa do normal e do comum. Eles são sem graça demais para valer uma vida.
Viaje sozinho
Há 2 anos, decidi que minhas experiências nunca mais seriam só minhas. Seriam compartilhadas, como acho que tudo na vida deveria ser. Ao compartilhar, tento gerar inspiração, reflexão, provocação. A maioria de nós foi treinada para viver uma vida medíocre, cheia de limitações e de “não pode”. Às favas com todo e qualquer não pode careta da vida. A alma é livre, e clama por liberdade e por degustação da vida. A primeira vez que viajei sozinha fiquei cheia de receios. Queria e tinha medo na mesma proporção. Fui. Quando a viagem começou, a sensação de liberdade tomou conta do meu ser. Podia ir e vir, fazer o que quisesse, desistir, mudar de ideia, incluir. Nunca conheci tanta gente bacana como naquela semana. Amigos de uma vida. Quando vencemos o medo, a insegurança, a baixa autoestima e a vergonha da exposição, tudo muda. Podemos tudo. A cada viagem, uma experiência de expansão para a alma. Aprecio viajar com a família, com namorado ou marido, com amigos. E aprendi a viajar comigo mesma de tempos em tempos. Fundamental para a existência. Decido a rota, e vou, sem hesitar. Bloqueio a agenda, compro a passagem, reservo o hotel sem quebrar a cabeça, e não faço rotas pré-determinadas. Muitas vezes, sequer leio sobre o local. Apenas no avião. Mente livre, caminho livre. O resultado tem sido interessante. Gasto pouco, conheço tudo, tenho um histórico de viagens invejável, e a cada lugar que visito, minha alma se aproxima mais do Criador. Entendo o que ele nos diz ao visitar diferentes lugares. Não há uma verdade, nem certezas. O mundo é colorido. Não julgue nada nem ninguém. Somos o que somos, e precisamos apreciar a diferença. Fazer tudo isso não depende de dinheiro, depende de vontade, disciplina e ousadia. Nasci em um lugar simples, não sou herdeira de nenhum magnata. Tive a coragem de querer mais todos os dias, e de jogar-me sem medos no grande movimento da vida. Atreva-se, mas o faça acordado. Nenhuma viagem desperta uma alma adormecida ou distraída da essência da vida.
Dica: seja pontual. Atrasos são desagradáveis
Pelo mundo: na Ásia é preciso retirar o sapato antes de entrar em casa, para evitar que as impurezas da rua invadam nosso local mais sagrado.
Comportamento: pare de brigar pelo certo e o errado, eles são relativos.