No último domingo foi dia de protesto. As grandes capitais fazem barulho. A mídia anuncia o que convém, mas a verdade é que a maioria da população brasileira está descontente, inclusive quem votou neste governo. Penso que momentos como este são momentos de grande aprendizado humano e social, e que eles não são responsabilidade de um só partido, um só governo ou um só grupo. Porém, existe uma verdade que exige responsabilidade: o governo atual fracassou. Doze anos de incompetência e zero de humildade para reconhecer os erros. Não existe grandeza entre nossos políticos. Não há mais políticos fortes, grandes estadistas, oposição forte, parlamentares que honram seus mandatos. Talvez uma geração inteira deva desaparecer. Tenho a impressão que agora vamos até o final desta “faxina”. Não há como transformar a podridão, é preciso eliminar o pedaço e recomeçar. Novas lideranças precisam surgir, novos políticos precisam ser construídos, uma nova população precisa eleger seus representantes com mais consciência. Ontem, na manifestação, vendo a rua lotada de gente verde e amarela, tive a certeza de que o que estamos fazendo agora é memorável. Não importa o número de pessoas, o que importa é que quem está lutando pelo Brasil hoje o observará diferente no futuro. Precisamos ser menos imediatistas, grandes lutas levam tempo. Ainda ouço muita gente pessimista. E minha pergunta é: ok, então qual é a solução? Achar que nada vai mudar, sentar, esperar? Me nego a ser tão medíocre, pessimista e desistente. Grandes países são feitos por pessoas otimistas, batalhadoras, que não sucumbem frente às adversidades. Para quem não foi às ruas no domingo um recado: continue sendo um caroneiro do carro da vida. Não reclame. Pague a conta da inflação e fique na torcida para que aqueles que lutam sejam capazes de não desistir para o bem de todo mundo.
