Hoje me sinto constrangida em ser brasileira. Não só pelos escândalos que assistimos todos os dias na mídia, mas por me perguntar por onde estive tantos anos que pensei tanto em mim e na minha vida que me omiti da politica, das causas sociais, do que acontecia no mundo? Hoje entendo que tudo que acontece nos diz respeito. Somos co-criadores deste caos que virou o mundo que habitamos. Pobre homem em sua mediocridade. Reinventamos o mundo diversas vezes, progredimos sem dúvida, mas conseguimos levar nosso planeta à degradação e nosso mundo à escuridão. Uma das capas desta semana do Jornal do Estado de Minas mostra um compilado de eventos que sacodem nossa existência. O que estamos fazendo? O que criamos? Como podemos recomeçar? Quanto mais estudo, mais tenho certeza que a mudança começa na consciência, no entendimento que é preciso sair de si mesmo, e ser maior do que fomos até hoje. Podemos e temos o direito do conforto material, mas a regra é não atropelar o tempo das coisas, a ética humana e o respeito às leis da natureza, humana e espiritual. Tudo que é conquistado em bases duvidosas, ruirá com o tempo. Mais do que nunca, precisamos crescer como seres humanos, como espíritos em evolução, como cidadãos conscientes de que ações têm consequências. Não podemos mais levar vidas vazias, rasas, fúteis. É preciso engajar-se na grande causa da humanidade e de nossa sociedade global. Não cabe mais ser materialista apenas, ser egocêntrico com desculpas de que não temos nada a ver com a vida dos outros. Temos sim, e muito. Tudo no todo nos afeta, e pagamos a conta juntos. Aproveitemos a virada do ano para ampliar nossa consciência e começar a abandonar as desculpas esfarrapadas que damos a nós mesmos por tanto tempo. Um povo alienado só pode ficar à mercê de um governo corrupto. Temos o poder de mudar as coisas. Juntos.
