Em empresas modernas o currículo passou a ser menos importante que o potencial, e, com a democratização do mundo, não é mais condição essencial ter graduação em escolas de prestígio, intermináveis cursos de especialização ou experiência in the box para conquistar um espaço nos projetos ousados das novas empresas.
O MBA perdeu a importância. Os trabalhadores no novo mundo tem pensamento disruptivo, trabalham por propósito e veem independência financeira como recompensa.
Conexões na era digital
Abundância é a filosofia e tudo é gentilmente compartilhado. Os projetos são co-criados e o impacto atinge milhões de pessoas. Concorrentes trabalham juntos, pares colaboram entre si, a competição dá lugar à colaboração e à orientação para servir.
Pessoas persistentes, resilientes, com alto quociente emocional e alto quociente de adversidade, abertas a adaptar-se rapidamente e aprender com todos os eventos a seu redor.
Taxa de aprendizagem passará a ser um valor para o mercado
Estudos demostram que 72% das pessoas estão insatisfeitas com o trabalho e que a maioria delas, quando questionada, declara que gostaria de fazer outra coisa e de ser mais feliz no trabalho.
O modelo tradicional está longe de conseguir este feito. Felicidade é uma busca vaga que, quando apurada, revela o que pessoas diferentes buscam em comum:
- Participar ativamente de projetos que causem impacto relevante no mundo
- Explorar diferentes possibilidades
- Usufruir liberdade com responsabilidade
- Criar valor
- Aprender de forma desafiadora
- Ter no trabalho uma forma de expressão e prazer.
Além disso, todas dizem que gostariam de explorar o mundo, conquistar equilíbrio entre vida pessoal e trabalho e se tornar cidadão global.
Nos últimos anos, algumas áreas ficaram distantes das reais necessidades do negócio e tornaram-se o que chamamos de “glóbulos brancos” da mudança e da inovação. TI, áreas jurídicas, RHs estão entre elas.
As áreas ligadas a desenvolvimento humano precisarão se transformar em fortes arquitetos do ecossistema exponencial e catalisadores do engajamento das pessoas em meio aos projetos.
Propósito passou a ser indispensável e a remuneração é vista como recompensa, não mais como objetivo. Os modelos tradicionais não atendem estes anseios porque o foco está em metas, comando e controle.
No mundo líquido, o trabalho nunca se repete, a cultura é a grande chave e o CEO seu maior tutor. As pessoas são responsáveis pelo seu trabalho e pelo seu desenvolvimento. As entregas podem ser surpreendentemente criativas.
O trabalho é único não por departamentos. Os contratantes tem como premissa contratar os melhores da área, oferecer desafios com significado ambicioso, aprendizado e crescimento acelerado. Há um convite atraente e um real poder de transformação compartilhado.
Desafios da era digital
Alguns desafios continuam: criar times consistentes e reter talentos. Lidar com mais gente gera mais ciclos e mais necessidade de relacionamento e feedback. Gerentes de comunidade, consultores de produtividade e líderes dedicados em 100% do tempo a conversas com liderados já são figuras comuns no mundo futurista.
A dinâmica do mercado é rápida, a competição por talentos enorme e há muitas janelas abertas, o que exige rapidez no processo de contratação e ousadia na retenção. ExOs não contratam para o momento, contratam para o crescimento. Escolhem recursos que criam e pessoas que alavancam negócios.
Lendo sobre tudo isto parece que estamos falando da empresa dos sonhos. Na verdade, é uma versão atualizada de nós mesmos, aplicada a organização com base no respeito à natureza humana e seus anseios.
No modelo tradicional, segundo Salim Ismail, não importa quantos talentos a empresa tenha, a maioria deles está se tornando obsoleto e pouco competitivo rapidamente sob seus olhos.
Pensar grande em negócios e em pessoas, este é o desafio. Nenhuma obra será memorável se o investimento em pessoas for mínimo. Future-se e transforme seu jeito de pensar e investir.
Tudo continua começando e terminando com pessoas.
Texto publicado no site Futuro Exponencial
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