3 x 0 para o Brasil. Mérito de quem? Do Dunga? Dos jogadores titulares? Dos atacantes? De todos. Esta foi à grande lição de ontem. Uma equipe só chega a bons resultados quando trabalha por um objetivo comum de forma unida e comprometida. O jogo é o resultado final de um trabalho de longo prazo. Tolos os que olham somente para o resultado final.
Para instituir este espírito de equipe, não basta um objetivo comum, talentos individuais. É necessário que cada um visualize, além do objetivo comum, um ganho individual, mas o coloque em segundo lugar na escala de importância. Em primeiro lugar vem o objetivo maior, de todos, que neste caso está além da conquista do hexa. Um objetivo maior tem sempre um grande propósito, para as pessoas, para um povo, para o mundo.
Não importa quem vai ganhar a copa, o fato é que a era Dunga estabelece um novo tipo de líder de equipe: aquele que prestigia o time antes do talento individual, a boa conduta antes da malandragem, a qualidade antes da fama.
Nosso futebol é famoso, mas tem pecado na demonstração de valores básicos. Dinheiro fácil, fama, individualismo, desrespeito aos adversários e juízes. Na seleção brasileira atual, quem sabe olhar com profundidade vê uma série de qualidades e valores sendo demonstrados continuamente, por Dunga e por seus jogadores principais. Disciplina, regras, assertividade, compromisso, respeito, gratidão e devoção a algo maior que nos governa.
Lição para ser aprendida e revista de tempos em tempos.