Nossos Líderes são mesmo estrategistas?

por | jul 22, 2015 | Sem categoria

Estratégia é arte e não plano. O tradicional Planejamento Estratégico tem se limitado a definir metas e planos de ação. Por isso, na maioria das vezes, falha na execução. Segundo Heni Ozi Cukier, renomado cientista político e especialista na Arte da Estratégia, estrategistas têm objetivo definido, pensamento estratégico e ações elaboradas. A estratégia tem origem na arte da guerra não nas teorias de administração. O estrategista é um pensador, que tem um objetivo, observa, analisa, decide e age ou comanda ações inteligentes, como um maestro. Na pesquisa que fizemos com líderes de todos os níveis em 2014, descobrimos que a maioria, incluindo a alta gerência, não tem conhecimento profundo sobre o assunto. A estratégia é necessária para macro planejamentos de negócio, mas também é uma arte a ser aplicada no dia a dia. Ao liderar uma equipe, planejar o uso do tempo, conduzir uma implantação, o pensamento estratégico é fundamental. Na arena de negócios, muitas vezes uma grande desordem acontece, e a operação demanda um tempo e uma energia muito além do que aquela que seria realmente necessária. Nada disso aconteceria se no comando houvesse um real estrategista. Retrabalho, atraso, processos falhos, problemas com prazo, falta de tempo, de foco, diminuição da capacidade de priorizar são sintomas muito comuns apurados hoje em negócios de diferentes tamanhos. Fomos treinados para fazer coisas não para planejar, alinhar e então agir, ajustando a rota a cada momento para que ela não se perca do previamente estabelecido. O plano precisa ser flexível e precisa de ajustes rápidos. Penso que muitas empresas tem alcançado suas metas por sorte não por competência.

Na vida precisamos também de estratégia. Qual é seu grande Plano de Vida? Como deseja viver daqui a 20 anos e como construirá esta vida? E sua carreira, qual é seu objetivo de longo prazo? Como pretende chegar lá? Lista de coisas para fazer é o último passo.

Negócios bem sucedidos têm planos para 20 anos. Nossa cultura estabelece metas para o máximo 5 anos. A metade das pessoas que trabalham pelas metas empresariais sequer as conhecem e se conhecem, não fazem sentido algum, não encantam, não contagiam os que trabalham arduamente para conquistá-las. Resultado: falta de engajamento. Somente 13% das pessoas estão engajadas com o trabalho. Falha dos estrategistas, que tem foco excessivo em resultado e em processo. A comunicação corporativa falha tem duas causas raiz: a falta de estratégia e as lacunas no relacionamento interpessoal. Comunicação requer conteúdo lógico e relacionamento. Cuidar do sintoma pode ser um caminho, mas cuidar da origem dos problemas pode ser uma solução definitiva.

Atração, Sedução, Persuasão, Negociação

São vários os arquétipos humanos. A relação entre eles dá origem a negócios e a relações familiares e sociais. Existem diferentes formas de comportamento, portanto diferentes formas de abordagem. Sedutores são construídos. Lideram nações, empresas, projetos, causas, atraem e encantam pessoas. Para atrair é preciso desejar, para acessar é preciso ter estratégia, para encantar carisma. Algumas pessoas têm estes dons de forma natural, outras podem desenvolvê-lo. Ser simpático não é ser carismático. Pessoas carismáticas são capazes de extrair o que ninguém conseguiria e fazer com que eventos comuns se tornem momentos extraordinários.

Gestão Moderna de Pessoas

No futuro o mundo será completamente diferente. Não existirão empregos e sim contratações por projeto. Não existirá hierarquia e sim grupos unidos em torno de um projeto. Garantias, direitos, custos altos, rigidez de horário serão coisas do passado. Os maiores institutos do mundo já mostram como será o mundo em 2030. Cada pessoa será responsável pela sua carreira, pelo seu desenvolvimento. Será preciso ser atraente para o mercado. Compraremos trabalho não horas. Adaptabilidade é a competência do mundo completo, e mobilidade. O trabalho poderá ser feito de qualquer lugar, o que vale é a entrega. Não será possível controlar, medir e encaixotar pessoas talentosas. Áreas de RH mudarão seus conceitos e modelos ou se tornarão inúteis. Líderes serão obrigados a entender de pessoas e suas necessidades, para mobilizá-las e engajá-las. O mundo do poder, comando e controle dará lugar a um mundo aberto, criativo, flexível e muito mais produtivo.

Geração Y

Quem são os jovens que têm tanta pressa, que desejam uma vida feliz e um trabalho que tenha propósito? Ser feliz no trabalho é uma condição. Seguir padrões é inaceitável.  Absorver teorias antigas e viver com base no medo está totalmente fora de questão. Mais do que as gerações anteriores, os jovens questionam, falam, demonstram sua insatisfação. E estão certos. E sofrem em meio a modelos antigos e ultrapassados. Eles têm tantas possibilidades que ficam confusos, paralisam. Foram criados como seres especiais, blindados, mimados. Não aprenderam que é preciso esforço e que a vida passa por processos. Ganharam tudo pronto e na vida real fracassam. A pressa é ruim, a sede de avançar sem perder tempo é boa. Os adultos precisam acolher esta geração, que é melhor que anterior. Falar mal dos jovens é perda de tempo ou medo do novo. Eles têm valores fortes, contestam o status quo, arriscam, afrontam e escolhem a vida e a carreira gostem os mais velhos ou não. Eles não buscam aprovação, e sim experiência autêntica. O que foi até agora não se encaixa no mundo deles. Eles experimentam a nova vida, e ao longo do caminho vão se tornando protagonistas do novo mundo. Eles vêm com força de mudança e tornarão o mundo um lugar melhor. Não se vendem, tem princípios, clareza, sabem sobre filosofia, cultura global, política, viajam pelo mundo, questionam a si mesmos e a quem se acomoda. Eles são a cara da nova era.

 

 

 

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