Líderes Exponenciais e Pós-Humanos

por | jun 26, 2020 | Futurismo

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A liderança está sendo radicalmente ressignificada.

O mundo vem sendo fortemente desafiado há quatro anos e, em 2020, mais intensamente do que nunca. De modelos de liderança autoritários, hierárquicos, com filosofias de comando e controle, fomos mudando aos poucos para versões mais humanistas e horizontais, e parece que agora, além de influenciar pessoas, os líderes precisarão passar por transformações internas radicais para responder à era que vem acelerando a história do mundo.

Liderar significava dar exemplo, ter expertise em algum assunto, possuir vasta experiência em um segmento, e alta capacidade de trazer resultados para a empresa. Parece um assunto antigo, do século passado. E é!

Nos últimos anos, os profissionais em posição de liderança foram convidados a desenvolver soft skills, competências comportamentais que vão muito além das famosas hard skills, popularmente conhecidas como competências técnicas.

Quando o Líder Coach ganhou espaço, aumentou a compreensão de que era preciso ouvir mais do que falar, de que feedback bem feito traz engajamento, de que perguntas são mais eficientes do que respostas prontas e ordens mandatórias. O novo líder, detentor dessas soft skills, começou a despertar a atenção no mundo organizacional.

Migramos para a era digital, onde a tecnologia tomou a frente, impondo um ritmo disruptivo e acelerado, possibilitando a ruptura dos modelos tradicionais e potencializando o olhar para os impactos sociais. Esses impactos geraram mudanças surpreendentes e essenciais, e passaram a exigir da liderança um novo posicionamento: o trabalho em rede, o espaço para a inovação constante e a inserção de propósito nos assuntos do dia a dia.

A era 4.0 tornou comum o termo exponencial, que significa muito acima da curva tradicional, acelerado, dez vezes mais potente com o uso de dez vezes menos recursos. Além disso, a era 4.0 trouxe uma grande revolução cultural no mundo dos negócios.

Ser digital é ter um modelo mental aberto, flexível, disruptivo e adaptativo.  O modelo digital é um modelo transitório de curto prazo, que exigiu um vocabulário especial, visão ampliada, mas não ainda foi suficiente para mudar as premissas tradicionais de liderança.

Por outro lado, ninguém segue um líder visionário que não tem capacidade de implementar com maestria suas ideias.

O líder exponencial, modelo que foi tema de estudo na W Futurismo nos últimos três anos, é bastante ousado. Baseado em uma pesquisa da Singularity University, ele tem um modelo mental raro, uma rede de competências (skillnet) e uma conexão global com comunidades de futuros, para que projetos globais aconteçam de forma complementar e beneficiem pessoas de todas as tribos ao mesmo tempo.

Com a evolução da compreensão de que nosso mundo precisa avançar muitas milhas em pouco tempo, a consciência dos líderes foi sendo ampliada. Com isso, causas sociais, desafios globais, bem-estar, governança, meio ambiente, experiência do cliente foram tomando espaço no alfabeto dos negócios, assim como a computação quântica se tornou a realidade de transição. A liderança também teve que transcender, ou seja, ir muito além dos padrões naturais anteriores.

O novo líder é horizontal, lidera tribos de mini-líderes, é um entusiasta e tem um jeito de ser particular. É corajoso, dedicado, ousado, sensível, conectado aos assuntos relevantes do mundo. Tem a ética como o guia mais forte, tem clareza de sua missão e de objetivos nobres, conhece sua responsabilidade, trabalha movido pelo impacto social e cria riqueza de forma abundante por consequência dos comportamentos e do jeito de pensar nos negócios. Ele é o personagem que cria a cultura à sua volta, engaja as pessoas e inventa o futuro sem medo de ser ridículo.

O que é liderança pós-moderna, na prática?

É a capacidade de criar mudanças, de transformar, de adaptar. É materializar o pensamento coletivo, ser excelente em relações interpessoais, ter über resiliência, e ser capaz de mobilizar grupos em torno de uma causa que favorece milhares de pessoas. É saber que é preciso andar em diferentes posições no comando do grupo, ora na frente, ora atrás, no centro ou ao lado.

O novo líder tem, acima de tudo, presença e vive em estado de observação permanente. O líder não é mais quem faz, mas sim aquele que coordena o ambiente para que as coisas sejam feitas.

O reset da liderança exige multi e super competências, não apenas criatividade. Um bom líder do século 21 usará modelos de liderança de diferentes épocas de forma transversal.

Será ao mesmo tempo visionário, relacional, criativo, imaginativo, altamente adaptável e super implementador. Sabe como dar sentido a tudo que está sendo feito, e usa todas as inteligências cognitivas, que vão muito além das inteligências tradicionais do ser humano.

O QI (Quociente de Inteligência) é limitado, o QE (Quociente Emocional) é adaptável, QA (Quociente de Adversidade) virou necessidade básica, e o QE (Quociente Espiritual)  é a grande skill da nova década, junto com mindfulness e estado de presença. O QE representa a busca do sentido da vida, a criação de algo memorável, maior do que o anseio de uma pessoa apenas, ou de um pequeno grupo.

A capacidade de gerar mudança é a grande nova medida da liderança, enquanto a  produtividade virou régua do mundo velho. O novo líder precisa ser capaz de abraçar a gestão pós-moderna: prospectar, planejar, liderar a execução, ajustar, influenciar e medir o progresso sem os tolos controles da gestão tradicional.

O mundo não é mais apenas uma caixa de boas ideias, e as empresas não podem mais ser pensadas de forma compartimentada em departamentos. Liderança é um estado de ser e se tornou fundamental para que agora possamos criar líderes mais livres em todos os sentidos, e não apenas bons gestores. O mundo está carente de gente visionária e humana, e farta de metas, tecnologia em excesso e trabalhos sem sentido.

O que os líderes precisam saber a partir de 2020:

  • “Futurize-se”: o novo líder tem mindset orientado para o futuro;
  • Reinvente-se: não adianta mais melhorar um pouco o que você já faz;
  • Alfabetize-se para o futuro: aprenda o idioma do mundo digital e saiba qual é o glossário do futuro de longo prazo;
  • Entenda o novo mundo, ou será impossível estar à frente de qualquer negócio já em 2020;

Não espere, a troca de cadeiras já começou. Se você é da área de Recursos Humanos, não separe mais pessoas e negócios, líderes em camadas hierárquicas, nem analógico de digital. Evite promover treinamentos que não atendem mais as necessidades do mercado. Digitalizar o mindset e construir mindset orientado para futuros agora é a prioridade máxima.

Conheça a W Futurismo, o 1º Hub de Estudos de Futuros do Brasil. Futurismo é um movimento artístico, Foresight e Estudos de Futuros são as disciplinas pragmáticas que oferecem metodologias robustas para que líderes consigam transformar a si mesmos e auxiliar a transformação dos negócios. 

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