Como coach e facilitadora de programas de desenvolvimento, em especial na área comportamental sabemos que os antigos modelos de liderança estão sendo arquivados. Neste assunto, muitas são as teorias, mas afinal como deve ser o líder no mundo moderno? Que características e habilidades ele precisa ter? Resultado não é mais o suficiente, passou a ser o mínimo que se espera de alguém que ocupa esta posição.
Novos líderes tem causas não apenas projetos. Tem um propósito maior, de longo prazo, não apenas planejamento estratégico. Encantam em vez de comandar. Novos líderes são próximos, tem tempo, são generalistas e especialistas ao mesmo tempo, tem visão ampliada, moderam situações e contestam o status quo. Pensam maior, tem dupla visão. Conhecem a si mesmos, sabem como usar suas virtudes em prol do todo. São acessíveis, honestos, não manipulam pessoas ou números. Conhecem suas limitações. Pedem ajuda, oferecem ajuda. Falham, assumem erros, corrigem a rota, dão suporte. São inteligentes e sensíveis. Tem foco e flexibilidade, inteligência e equilíbrio emocional. São capazes de lidar com adversidade. Usam a intuição. Acalmam, trazem esperança, conforto, tem mão firme. Pensam no todo, na direção, no longo prazo, na visão de longo alcance. Não se perdem no dia a dia. Conduzem a equipe e o negócio com primazia. Relembram as equipes do que se está fazendo, porque se está onde está e qual é o destino. Seguram o leme quando o barco balança. Relaxam com seu time quando a maré acalma.
Novos líderes tem alma, e enxergam a alma dos outros. Novos líderes fazem negócios se tornarem projetos memoráveis, pessoas se sentirem importantes e indispensáveis. Novos líderes são pessoas como eu e você, com um dom especial: o de sonhar e de fazer com que este sonho vire um sonho comum de várias pessoas.
Líderes autoritários estão fora de moda. Líderes com foco excessivo em resultados estão em decadência. Liderança é arte, é poesia. Alguns nascem com este dom, outros precisam desenvolvê-lo. Como? Talvez começando a entender que líderes precisam tocar a alma das pessoas para que o trabalho aconteça de forma sublime. Anunciar metas, usar a coerção e a punição é a maneira mais eficiente de fracassar na liderança, de arrastar um grupo inteiro para o buraco. Utopia? Não, realidade. Pense nisso antes de assumir uma posição de comando.