Foco excessivo no resultado gera desmotivação

por | out 7, 2014 | Sem categoria

Foco excessivo no resultado gera desmotivação.

Está cada vez mais difícil atrair e reter talentos. Dentro de empresas existe um potencial enorme de pessoas mal aproveitadas, e provavelmente high potentials – nome dado a pessoal de alto potencial – não claramente identificados. Os executivos confiam e participam pouco dos processos de recrutamento, treinamento e sucessão; e cada vez mais precisam aprender sobre o assunto. 55% dos “hipos” – abreviação de high potentials – perdem o potencial não usado ou deixam a empresa, e 70% destes ficariam se recebessem tarefas desafiadoras e apoio. Estamos errando nas estratégias de gestão.

Outro tema bastante frequente nas discussões de liderança é o baixo nível de engajamento e compromisso dos colaboradores. Uma pesquisa da Bain & Company em 60 países mostra claramente que o nível de engajamento cai quando os executivos seniores subestimam o descontentamento da linha de frente, que está diretamente com o cliente.

Onde os líderes estão falhando? Liderados precisam tornar-se fãs dos líderes. Gestores precisam estar comprometidos com o time, não só com resultado, com a diretoria e com os acionistas. Líderes precisam aprender a dialogar de forma estruturada e construtiva com suas equipes. Pensam que estão fazendo o bem, mas essa não é a realidade encontrada no campo. Colaboradores que atuam na operação – e perto do cliente – são os donos das informações mais importantes do negócio. No entanto, a operação está cada vez mais abarrotada de controles inúteis e de mecanismos que deixam o processo travado. É desmotivador não conseguir trabalhar, e as diretrizes que vêm das companhias são confusas e antagônicas.

Líderes não conhecem profundamente suas equipes, e sabem muito pouco o que mobiliza cada um dos players. Não há relacionamento, nem conversas de desenvolvimento. Há somente um mar de tarefas escoadas e uma tentativa enlouquecida de atender tudo, o tempo todo. Onde fica a qualidade, a excelência e a inovação? Qual é causa que nos faz criar verdadeiras patologias corporativas? Estamos gerando mais lucros? A que custo? Esse é o jeito de pensar do mundo velho: ultrapassado e decadente.

Métricas infindáveis e questionáveis são obtidas em rankings competitivos, de impacto também questionável. O tom de agora é trocar competição por colaboração e superação de si mesmo. Frente a isso, o diálogo construtivo traz consciência para mudanças relevantes e sustentáveis. Líderes precisam tornar-se coaches.

O foco excessivo no resultado e nos números tira a atenção daquilo que hoje é a maior estratégia de negócio: as pessoas e seu desenvolvimento. São elas que entregam trabalho, porém, também demandam atenção, cuidado e suporte. A disputa mais comum dos líderes é dizer que não tem tempo. Assim, um dilema imediato é criado: como um profissional pode ter um bom desempenho se quem deve lhe dar direções e retroalimentações não tem tempo?

Ainda não estamos na era da transmissão do pensamento, onde mentes se conectam e fazem adivinhações sobre o que o outro quer ou pensa. A qualidade das relações é o bem intangível mais valioso do momento.

Muitos gestores já sabem dessa necessidade, mas resistem e insistem em fórmulas falidas. Resistência é desperdício de tempo e falta de inteligência. Uma vez comprovado que há formas melhores de fazer, porque insistir numa fórmula que não funciona, ou pouco funciona?

Empresas atraentes têm boas histórias, grandes causas e líderes conscientes. Na era da complexidade, simplicidade é o segredo.

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