Artigo Gazeta do Sul, Jaqueline Weigel – 07/03/2022
Da pausa histórica imposta pela pandemia em 2020 saltamos para a guerra de 2022. Sem dúvida, um triste cenário que nem deveria mais fazer parte do mundo contemporâneo.
Cada lado tem sua versão e suas razões de ataque ou defesa, normalmente antagônicas. É assim que nos ensina arte da estratégia: não há verdades absolutas nem consenso, e por isso, o conflito se estabelece.
Os estrategistas precisam olhar para o tabuleiro todos os dias, porque nenhum planejamento será seguido à risca. Esta é uma boa lição para os líderes empresariais: estratégia é arte de todos os dias. Veja o que postamos no início do ano sobre 2022.
Vivemos tempos voláteis, há uma revolução acelerada em curso, radical e sem precedentes. Ela vem impondo mudança em todo mundo. Transformar é a palavra de ordem, e significa mudar o estado das coisas radicalmente.
Rupturas são necessárias para o recomeço do planeta.
O conflito atual no leste europeu pode se resumir a uma guerra curta, tornar-se uma guerra longa, dar início a uma guerra na Europa, tem seu fim através de uma negociação diplomática ou acabar com Putin deposto. Todos os cenários acima são possíveis, mas o primeiro e a quarto parecem bem distantes agora.
A guerra atual afetará os quatro cantos do mundo, não só economicamente. O século 21 será de crescimento econômico lento, e prudência é uma boa palavra para este ano. O mercado de negócios deve recuar, decrescer, e o efeito cascata em tudo é inevitável.
Talvez esta guerra acelere o fim de algumas cadeias produtivas insustentáveis no momento atual. Teremos que achar saídas para a vida enquanto a guerra se define.
As grandes indústrias precisam continuar sua jornada produtiva cumprindo as exigências de sustentabilidade impostas pela sociedade planetária. Enquanto isso, pequenos e médios negócios pipocam por todos os lados, equilibrando um pouco a curva decadente dos grandes gigantes.
No mercado de trabalho, mais e mais talentos abandonam empresas tradicionais para dar início a uma jornada independente e ágil, oferecendo serviços de alta qualidade ao mercado livres de processos complicados e dependentes do status quo. O clássico emprego já não é mais uma opção para quem está ligado no movimento do mundo.
Como lidar com tanta incerteza? Podemos nos preparar para os efeitos colaterais da guerra antes que eles nos afetem, e de forma projetiva e calculada, amenizar o impacto ou mudar a realidade futura.
Leia sobre as possíveis consequências do conflito, veja como elas afetam seu mercado, e quais são os sinais evidentes que exigem mudanças imediatas no seu negócio. Produto, preço, incorporação de nossos serviços, mudança de planos. Podem ser movimentos sábios e preventivos.
A pandemia pegou muita gente despreparada. Tivemos inúmeras lições. Não espere a tempestade bater a sua porta, saia na frente e saiba que antecipar o futuro traz sempre gratas surpresas.
Assine nossa newsletter e receba o conteúdo da W Futurismo.