Brasileiro valoriza conselho de executivo senior, diz pesquisa

por | ago 17, 2012 | Sem categoria

 
Brasileiro valoriza conselho de executivo senior, diz pesquisa

Segundo a consultoria Robert Half, 86% dos trabalhadores dizem que chefe direto é vital para a ascensão na carreira

 16 de agosto de 2012 | 3h 11

FERNANDO SCHELLER – O Estado de S.Paulo

Em um mercado de trabalho em que os executivos têm a ambição de chegar cada vez mais jovens a postos de gerência e direção, uma pesquisa da consultoria americana Robert Half mostra que o profissional menos experiente quer e valoriza as sugestões de executivos mais experientes. Entre 12 países pesquisadas, o Brasil aparece como uma das nações que mais valorizam o papel dos chefes diretos em orientar os subordinados e facilitar promoções de cargo.
Para 86% dos brasileiros ouvidos, o chefe direto influencia diretamente nas possibilidades de desenvolvimento profissional de seus subordinados – o índice considera a soma das pessoas que responderam “concordo parcialmente” e “concordo totalmente” à questão. Em mercados como Japão e Inglaterra, esse porcentual é de 45% e de 62%, respectivamente. A atuação do chefe como “coach” (espécie de “treinador” para novas funções) é vista como “muito importante” para 68% dos brasileiros, índice que cai a 17% entre os italianos, por exemplo.
Segundo Fernando Mantovani, diretor de operações da Robert Half, a pesquisa mostra muito mais uma aspiração dos funcionários brasileiros do que necessariamente uma realidade de mercado. “Acho que fica claro que o profissional está aberto para ser treinado”, diz. Mantovani ressalva que a prática do coaching interno ainda está muito restrita a algumas grandes empresas multinacionais. Nas pequenas e médias, o comprometimento do chefe com o desenvolvimento do funcionário ainda não é organizado, embora possa ocorrer caso a caso.
Essa busca por troca de experiências com um profissional mais sênior também aparece no impacto do “coach” na satisfação das pessoas com o próprio trabalho. Entre os brasileiros entrevistados, 39% disseram que ter um chefe como coach “melhora muito” o nível de satisfação. Esse índice também é alto na Austrália (30%) e na Alemanha (27%), mas praticamente não influencia no dia a dia de franceses (onde apenas 9% declararam achar esse tipo de relação relevante) e belgas (8%).
Para Jaqueline Weigel, coach executiva empresas de grande porte a figura do executivo que atue como “técnico” de novos talentos é fundamental. “Acho que a pessoa envolvida no dia a dia deve  ajudar os liderados a resolver problemas pontuais, mas acima de tudo precisa auxiliar a trazer clareza e criar novas formas de atuação em momentos difíceis.”
A profissional diz que diretores ou vice-presidentes de grandes companhias têm um número  grande de atribuições e que muitas vezes fica difícil acompanhar o desenvolvimento de outros profissionais. Para esse tipo de situação, diz ela, o coach externo é mais indicado,  pela visão menos contaminada das relações do dia a dia.
Jaqueline também afirma que o profissional que estiver atento pode aproveitar as avaliações anuais e criar uma oportunidade para seu desenvolvimento. “Acredito muito no poder do feedback. É um espelho que mostra ao profissional um caminho para o seu aperfeiçoamento. A ressalva é que dá feedback precisa aprender a usar bem essa ferramenta.”

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