Administrando o futuro

por | nov 24, 2020 | Estudos de Futuros, Futurismo

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Publicado em 19/11/2020 no site https://www.mundocoop.com.br/gestao/foresight-o-olhar-para-o-futuro.html

No mundo super VUCA, Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo, a incerteza é um recurso e a dinâmica orgânica o novo jeito de funcionar dos negócios a partir do mundo digital. Ser digital começa com a mudança radical de modelo mental, e com o abandono de antigas fórmulas de negócio para abraçar novas descobertas, muito mais divertidas, livres e eficientes.

A administração dos negócios tradicional funcionou em um mundo supostamente previsível e controlável, teoria que vem caindo rapidamente nos últimos anos. Em tempo de inovação, áreas resistentes, chamadas de “glóbulos brancos corporativos”, vêm perdendo espaço rapidamente. Inovar passou a ser sobreviver. 

O maior desafio dos profissionais ligados a instituições do todos os segmentos e tamanhos, é a mudança do mindset, cristalizado por anos e anos de modelagem hierárquica e industrial.

A gestão de coisas se estendeu para pessoas, como se fosse possível cuidar de pessoas como cuidamos de processos. O saldo é negativo. Criamos ambientes nocivos e esquizofrênicos. Imaginamos que controlar processos garantiria performance e estas fórmulas levaram o Brasil a números medíocres de produtividade no mundo. Todas as empresas são feitas por pessoas e para pessoas, e deveriam servir a sociedade e o mercado, não apenas os acionistas. O Brasil tem muitas oportunidades, mas precisa ser liderado por pessoas de mente oxigenada.

O futuro tomou um espaço no nosso presente. É impossível falar de negócios e de administração, gestão ou inovação sem que o futuro esteja presente na discussão. Na escola de Estudos de Futuros, minha ciência atual, dividimos o futuro em presente alongado, futuro emergente, pós emergente e futuro transformacional de longo prazo. O curto prazo é operacional. O futuro de médio prazo é estratégico, e o futuro de longo prazo aspiracional e impactante para mais de uma geração.  Alongar a visão é extremamente relevante.

Empresas por todos os cantos do mundo debatem as mudanças. Como responder a estes eventos sem precedentes? Sua empresa tem as competências necessárias para essa nova era, especialmente pós Covid-19, que acelerou a jornada de transformação radical?

O mundo digital vem se tornando realidade há pelo 4 anos. Ser digital é uma premissa a partir de 2020. Novas empresas nascem digitais, enquanto as antigas buscam caminhos para a transformação, que vai muito além da inserção de tecnologias, da digitalização dos processos ou da automação. O pensamento digital constrói negócios com ambição planetária, gestão enxuta, decisões contínuas com base em dados, equipes multidisciplinares, transparência, engajamento e ativismo social.

Os negócios que existem precisam criar uma ou mais frentes digitais, que podem andar junto com o negócio tradicional, sem misturar as estações. Os modelos são diferentes e assim é a gestão, absolutamente diferente. Novas premissas financeiras exigem que negócios estejam à serviço da sociedade e, por consequência, tenham o direito de monetizar. Investidores do mundo inteiro questionam as empresas para entender qual é o engajamento real que elas têm com impacto social, com a solução dos problemas do mundo.

Antigos administradores ainda têm um foco excessivo em controle, em garantias, em processos. Este formato, extremamente atrofiado, todos  experenciamos nas últimas décadas e ele se mostrou um fracasso no mundo atual. Hierarquia, comando e controle, burocracia, lentidão, não conformidade para com o cliente são inaceitáveis no mercado moderno.

O que é então é administrar um negócio para o futuro?

É ser capaz de ser híbrido, de equacionar as questões do mundo real e virtual, criando harmonia e complementariedade. É abraçar a inovação como cultura, desapegar emocionalmente do que foi até agora e reinventar a roda com novas nuances.

Todas as empresas precisarão, no longo prazo, considerar a mudança de segmento, serviço, modelo e produtos. Criar o futuro consiste em criar o que ainda não existe, ou fazer algo que até então era inimaginável.  Considerar iniciativas em parceria com concorrentes, um novo público, novas formas de se posicionar no mercado, por exemplo,  são estratégias fundamentais.

A gestão pós-moderna é horizontal, orgânica, inteligente e usa a tecnologia como alavanca, não como foco principal. Empresas pós digitais têm pessoas que trabalham por uma causa, não pela meta apenas. Tem sucesso compartilhado, sensação de pertencimento, clareza da sua razão de existir e da sua contribuição para o mundo, além líderes ousados e parceiros.

Administrar o novo mundo significa abrir mão do poder, do ego, da opinião, da certeza, das crenças e das falsas verdades que assumimos para tentar impor nossa visão de mundo.

No futuro pode não existir a maior empresa do mundo, o líder mais importante do planeta, o melhor CEO, porque o mundo é complexo e ficou inaceitável que poucos dominem muitos e nos manipulem por mais tempo.

Empresas tradicionais têm pouco tempo de sobrevida. Tornaram-se elefantes brancos, sem nenhuma competitividade, desinteressantes para os trabalhadores do mundo atual. As startups são as disruptoras do mercado e representam os anseios da sociedade. Muitas vezes fracassam, mas quando dão certo, acabam incomodando grandes e tradicionais empresas do mercado, que perdem rapidamente tração pós aceleração digital.

As empresas digitais e os pequenos empreendedores vêm levando o mundo para frente, e estas são as novas estrelas do mercado. Empresas exponenciais trabalham de forma incrivelmente inteligente e, em pouco tempo, têm muito mais valor do que empresas clássicas e lineares.

O que os administradores precisam saber daqui pra frente:

  • O que existe precisa ser muito bem conservado, mas não é onde mora o futuro;
  • Inovação é o mínimo que empresas de todos os tamanhos precisam abraçar como cultura diária;
  • Todos os dias é preciso pensar em como algo interno e externo pode ser feito melhor, com foco no cliente;
  • Produtos ou serviços não representam diferencial algum no mercado atual;
  • Podemos pensar como as startups e disruptar nosso próprio negócio a médio prazo, criando algo melhor, mais lucrativo e relevante para a sociedade;
  • Debater a mudança do modelo do negócio é por onde tudo começa, com base nas novas demandas da sociedade.

Só administradores muito à frente do seu tempo serão capazes de apoiar as empresas durante essa jornada de transição. A tradicional escola de Administração já não tem mais espaço no mundo moderno, essa é uma dura verdade que precisa ser aceita rapidamente.

O futuro é imaginativo e inovação não é futuro, só a primeira etapa. O futuro é uma escolha. Temos que conviver com futuros que não controlamos e nos preparar para futuros plurais e alternativos.

Os administradores talvez tenham um grande e relevante papel. O ponto de partida exige reciclagem no modo de pensar. Adiar, negar e resistir pode ser a atitude definitiva de não existência da sua carreira ou do seu negócio no tempo vindouro futuro que se aproxima cada vez mais rápido.

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