Adaptabilidade, calma no caos, abertura para o novo, desapego do velho. Nem conhecimento, nem experiências, nem posições ou popularidade garantirão a continuidade de profissionais e empresas. Hora de virar a chave, especialmente do viciado modelo mental. Cada um fotografa a vida e as situações com os recursos internos que tem, e nenhum retrata a realidade. Não haverá jeito certo, alguém que tenha razão ou que saiba de tudo. Estamos vivendo em um mundo volátil, que exige experimentação.
Quando transportamos isso para a vida, vemos núcleos sociais tradicionais desmoronando. A família 2.0 toma forma. No ambiente profissional, mudanças velozes inundam nossa rotina no dia a dia. Multicarreiras, liberdade, tecnologia, transição, reposicionamento e busca de propósito. A vida em geral vem tornando-se mais profunda. Muitos ainda reclamam de que os tempos antigos é que eram bons. Discordo. A vida era difícil, simplória e limitada. Como em todas as eras, há ganhos e perdas. Acredito na Lei do Progresso, portanto na evolução não no retrocesso.
E as empresas? Mais do que nunca precisarão repaginar seus modelos imediatamente. Não mais por causa da crise, e sim porque a sociedade mudou e precisa de novos formatos. Mesmo que o negócio ainda esteja tendo sucesso, o risco e as ameaças aumentaram, e a gestão por corte de custos é falida e míope. Um novo mundo vem se formando, e precisamos entendê-lo para aprender a navegá-lo. Acionistas precisam pensar além do dinheiro rápido. Presidentes precisam entender que é preciso fazer mais para bater metas. Diretorias precisam sair de suas salas blindadas e entender a necessidade das pessoas que fazem o negócio acontecer todos os dias. Líderes em todas as frentes precisam conversar, empoderar, dar suporte às equipes. E por fim, os profissionais. Estes sim terão um grande desafio: continuar atraentes para o mercado. Romper com padrões confortáveis, com exigência de garantias e direitos impostos, e entrar em um mundo de oportunidades, experimentações, fracassos e sucessos. Quem empreende já tem esta habilidade, quem só visualiza trabalho como emprego, perderá espaço e valor.
Onde você está neste redesenho de mundo?