Nossa época exige ética, sustentabilidade, transparência e senso comum. Há um forte chamado no ar nos convidando a mudar radicalmente nossa forma de pensar, viver e agir no futuro próximo. Como observadora do mundo e humanista, assisti o segundo turno das eleições da Suíça, onde passei uma temporada de estudos e férias. Gosto muito de sair do meu mundo para conhecer diferente culturas, me faz ver o que realmente é importante. (Leia também o artigo Brasil: qual é a nossa identidade social?)
Todos os países tem seus desafios. Alguns estão culturalmente à frente, como Finlândia e Suíça, meus destinos recentes.
Aprecio disciplinas como Sociologia, Filosofia e Ciências Políticas, e gosto de votar. Não votei no segundo turno, e confesso que teria muita dificuldade para votar em alguém em quem considero não preparado ou em alguém que representa um grupo de moral duvidosa. Vi certezas e dúvidas nos olhos de muita gente. Foi sofrido mesmo.
Pós eleição, o fogo cruzado continua. Postagens raivosas, movimentos de protesto e resistência, pessoas chamando brasileiros de idiotas, negando o novo presidente e tendo verdadeira dificuldade de aceitar a vitória de Bolsonaro. É compreensível, mas precisamos recuar, colocar energia na construção do que queremos para o nosso futuro e não na destruição moral de nossa sociedade. (Leia também o artigo Facebook, um retrato da vida real)
Os eleitores do novo presidente também continuam destilando sarcasmo em suas manifestações. O que queremos com isso? É assim que queremos construir um novo Brasil?
Não votei em Lula nem em Dilma nas últimas corridas para Presidência, mas entendi que eleitos precisam de respeito e espaço, e confesso que agora, com o cenário definido, farei um esforço tremendo para torcer pelo governo de Bolsonaro.
Não aprecio suas falas e posicionamentos nos últimos anos que o mostram como um sujeito retrógrado, de pensamento limitado e preconceituoso de diferentes maneiras. Mas as pessoas mudam, vejo isto todos os dias. De quem será o maior desafio, nosso ou dele, que terá que se adaptar fortemente ao papel diplomático de Chefe de Estado?
Precisamos sim vigiar, participar, fazer oposição, mas é preciso dar uma chance ao novo time do futuro governo.
Algumas postagens nas redes são verdadeiras fantasias terroristas. Somos livres, e temos o direito de ser a favor ou contra, ser situação ou oposição, ser resistência ou manter a neutralidade, o que vem se tornando cada vez mais difícil se quisermos viver nossa cidadania de verdade.
Não o escolhi, mas agora ele é nosso Presidente. Não é mais sobre o que eu e você achamos, e sim sobre o Brasil do futuro! Gastemos mais tempo fazendo algo na prática por um Brasil melhor para todos os cidadãos.
O presente alargado e o futuro emergente exigem uma sociedade colaborativa não bipolar, e a vida nunca é como queremos e sim como precisa ser no momento para que posamos crescer. (Leia também o artigo 2019, um possível recomeço)
Não se contamine pelo ódio, transcenda e saia deste barulho que coloca em uma espiral de descida moral e nos traz medo dos futuros ainda desconhecidos. Acredite que de alguma forma pode dar certo. (Leia também o artigo O Futuro do Brasil)
Escrito por Jaqueline Weigel
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