Coaching é a ciência do comportamento. Mais do que falar do passado e tentar entender questões abstratas e causas passadas da vida atual, um coach tenta mapear onde se está e para onde se deseja ir, que forma e valor isso tem, e como passar de um estágio para outro de forma prática e observável. Não há mudança sustentável sem necessidade, ou sem ganhos pessoais. As pessoas não mudam por desejo dos outros ou porque não tem nada melhor em vista. Automaticamente, quando a dor se torna insuportável, mudamos por consequência. Este não é um processo obrigatório e sim passivo. A maioria das pessoas leva a vida de forma passiva, e até se esconde dela. É impossível nos comportarmos de maneira coesa quando somos seres fragmentados. Não há como trilhar uma estrada reta quando estamos cheios de lacunas e buracos. O comportamento humano têm origem, valores e atributos. Tudo depende do nosso modelo mental, de nossas crenças e do quanto já nos livramos de padrões e modelos pré-determinados. O mundo não é como gostaríamos que fosse, ou como imaginamos. Ele simplesmente é, como diriam os filósofos. As pessoas vivem suas vidas, e a verdade é que poucos se importam realmente conosco. Estamos na era do ser e do ter, e o SER vem antes. Para que possamos crescer, é preciso sair do piloto automático da vida, e tomar as rédeas do que desejamos conquistar. Sucesso não é sorte, é clareza e esforço. Para ter clareza, é preciso desenvolver habilidades de reflexão, de conexão de fatos e coisas com aprendizado e observação. Não há caminhos sólidos sem que se planeje a rota. Somos seres pensantes, inteligentes e não seres que simplesmente ganham o pão de cada dia. Somos mobilizados por algum valor maior, ou navegamos cegos, surdos e mudos pela vida e um dia, ao despertar, sentimos uma enorme frustração: a de não ter levado a vida que gostaríamos, e sim a vida que foi possível viver. Triste, vazio e frustrante para qualquer ser humano.