É cafona ser raso, pensar pequeno, mostrar-se prático e materialista em excesso. Já vivemos na era da consciência, da revelação, da velocidade e do progresso. Não cabe mais deixar questões essenciais para depois, trabalhar somente por dinheiro, ser intolerante, egoísta, individualista e superficial, deixando de lado questões básicas como “quem somos”, “que tipo de vida pretendemos construir”, “para onde vamos”, “que valores elegemos como premissas”, “qual é o propósito de nossa existência” e “como podemos colaborar com o mundo”. O que geramos para o mundo, para os outros e para nós mesmos à medida que avançamos? O todo a partir de agora vem antes das unidades pessoais, em tudo, porque não há EU sem que todo sistema avance. Esta é a lei da vida. O Todo anda, eu e você andamos. O sistema humano não foi criado para o isolamento.
Na era moderna, precisaremos construir a vida que realmente queremos, não a vida padrão que nos ensinaram. Precisaremos desconstruir expectativas, pensar menos no que os outros pensam e mais no que desejamos criar. A vida é um vôo solo e cada um é responsável pela sua experiência. Terceirizar responsabilidades mostra limitação, resistência, baixa capacidade intelectual e dificuldade de olhar para dentro. Viver os medos se tornará parte de nosso dia a dia, assim como dizer o que tem que ser dito de forma autêntica, educada e firme. É preciso ser inteiro e íntegro, colocando pensamento, emoção, fala e a ação em alinhamento. Tudo que fazemos gera impacto no outro e no sistema coletivo, e qualquer movimento fará diferença. A época de pessoas arrogantes, individualistas, materialistas e objetivas em excesso acabou. O mundo não suporta mais gente deste tipo. Arrogar é clamar um direito que não foi conquistado. Precisaremos encarar as dores do mundo, sem drama, e trabalhar juntos para reconstruir um novo mundo. Desaprender para aprender, este será o segredo. Reformar fórmulas e métodos apenas é pouco. Não resista, movimente-se. O mundo será de quem busca não de quem espera.
