A cultura hierárquica faliu. Veja como isso afeta os negócios, nossa vida e o trabalho.

por | abr 29, 2014 | Sem categoria

Não há dúvidas que a internet mudou o mundo. A forma de viver e de conduzir os negócios precisa mudar imediata e drasticamente. Há mais de tudo no mundo, e isso muda tudo. Somos 7 bilhões de pessoas e a previsão é que sejamos 9 bilhões em 20 anos.

Uma das maiores quebras será a queda do poder. Refiro-me ao poder ruim, contaminado de ego, vaidade e domínio de poucos sobre muitos. O poder por si só pode ser bom, mas é preciso ter competência para usar o poder. Encarar poder como oportunidade de fazer algo é para poucos ainda. O mau uso dos lugares de destaque corrói culturas, negócios, sociedades, carreiras e a vida das populações. Poucos privilegiados até então escondiam-se atrás de barreiras intransponíveis, agora facilmente superadas com a conexão global.

Vivemos um momento onde todo mundo sabe tudo, acessa tudo e observa tudo. Não há mais segredos desvendáveis, nem nas igrejas, nem na política, nem nas famílias ou nas empresas. O véu caiu, e as antigas gerações não sabem como lidar com este mundo descoberto e veloz. Fato este que deve trazer benefícios para toda humanidade, porque possibilita a mudança de forma rápida.  
É muito importante que as pessoas que passaram anos usufruindo dos benefícios de cargos e posições privilegiadas acordem e  cedam espaço para outras que transformarão o mundo num lugar muito melhor que este caos que vivemos. Ninguém é descartável, mas nem todos serão necessários daqui pra frente. 

São tendências boas. Falamos de um mundo melhor onde já não há barreiras físicas ou geográficas. Onde tudo está conectado e onde os envolvidos nos processos precisam ter voz ativa permanente. 

Há dois tipos de ameaças neste cenário: a anarquia, ou melhor, a bagunça generalizada, que é onde o Brasil parece estar atualmente, e a vetocracia, onde pessoas incompetentes tem oportunidades e não fazem o que é necessário por conforto ou receio e acabam atrapalhando o caminho de todos.

Esta ameaça também ronda o cenário corporativo. Quantos gestores não têm competência e atrapalham um sistema inteiro com sua teimosia em aceitar o novo mundo?

Há uma competição no ar. De um lado pessoas tiranas, autoritárias e imperativas e inflexíveis. Do outro, cabeças abertas, rápidas, sedentas e velozes no novo formato. 
O primeiro formato não cabe, não é aceito e não funciona mais em nenhum sistema, seja social, familiar ou empresarial. Tiranos estão descartados não apenas fora de moda. 

Como então viver e prosperar em um mundo assim?

No trabalho é preciso ser bom no que faz sem perder a visão do todo, é o que recomenda Moisés Naim, autor do livro “Fim do Poder”. É preciso considerar que coisas que pareciam impossíveis começaram a acontecer e podem nos pegar de surpresa no meio do caminho. A Anheuser Busch nunca pensou que poderia ser comprada por um brasileiro, por exemplo. Conte com o imprevisto e com o pouco provável. 


Podemos crescer, como pessoas, como empresas e como sociedade, mas é preciso tomar cuidado com o tamanho e a escala. Quanto maior, menos velocidade. O imediatismo tornou o ambiente caótico. As pessoas estão em tontura coletiva, e isto prejudica claramente o desempenho. O mundo é em geral composto de pessoas com receios e em busca de garantias que não existem. É importante não prometer nada, apenas apontar possibilidades e convidar as pessoas a lutarem juntas por elas. 

A boa notícia é que podemos tudo. As oportunidades aumentaram, os negócios estão prósperos, as pessoas tem mais conhecimento e estão dispostas a mudar as coisas. O futuro chegou.

Há sinais para todos os lados. A reinvenção das coisas é clara. A carreira mudou, o modelo de gestão hierárquico e taylorista é abertamente contestado e está falido. O novo modelo chama-se Beta, e tem como premissa o poder na ponta, onde o negócio acontece. Inúmeros casos de sucesso já estão sendo vistos pelo mundo e já existem especialistas no assunto e na transição. 

O modelo de liderança, de trabalho e de relacionamento mudou. O Papa mudou, e agora é a nossa vez. A atitude das pessoas precisam mudar em todos os níveis da sociedade e das corporações.

São tempos estressantes mas espetaculares. Leia no link [aqui] o incrível texto que Denis Russo Burgiermann, Diretor de Redação na Revista Superinteressante compartilhou conosco. Belíssimas palavras, que retratam a morte de um mundo caótico e o renascimento de um mundo novo, cheio de esperança e renovação.

Boa leitura e boa semana,

Jaqueline Weigel
Coach Executiva, PCC. Especialista em mudanças de cultura, 
coaching corporativo e executivo, e em desenvolvimento de 
líderes.

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