Por Jaqueline Weigel, Coach Executiva, PCC
“Se alguém desejar arruinar um homem, basta obrigá-lo a dedicar-se a um trabalho totalmente desprovido de utilidade e sentido.”
Fiódor Dostoievski
Estamos na era da realização e cada vez mais pessoas estão revendo seu trabalho trocando dinheiro por realização. Nos anos anteriores, mudar de carreira era algo inimaginável, e às vezes, impossível. Buscar sentido era um luxo, e era preciso escolher entre dinheiro e satisfação no trabalho.
Os que o fizeram, em algum momento questionaram a si mesmos, tentando entender onde estava o brilho da vida, mesmo que ela estivesse aparentemente perfeita. Mudar de carreira ou de emprego dava a sensação de nudez, de vazio, de falta de identidade, afinal, o nome passou havia mudado: “Fulano, da empresa tal.“
Um dos sinais de que você tem um problema é quando mesmo estando bem no trabalho, sabemos que quem está ali não é o verdadeiro eu, ou não é meu eu em 100%, e sim um “zumbi” que colocou a alma na gaveta e aceitou fazer coisas para sobreviver ou viver em cima do que a sociedade descreve como uma vida profissional reconhecida como bem sucedida.
Durante anos, a população esteve envolvida em sua sobrevivência. Com a prosperidade material a mente busca coisas mais relevantes. É o que vem acontecendo agora. Estamos em busca.
A carreira e o trabalho existem para alimentar nossa fome existencial. É onde trocamos, aprendemos, nos superamos e passamos boa parte de nossa vida. Além disso, a carreira serve a vida não ao contrário. Trabalhamos para ter uma vida boa e satisfatória.
Trabalhar dia após dia e ter a sensação de que o trabalho não está nos levando a lugar algum, e além disso, não é tão relevante para nós mesmos e para os que nos cercam é uma das maiores frustrações humanas. As pesquisas mostram que metade da força de trabalho do Ocidente está insatisfeita com o trabalho e não sabe como fazer as mudanças.
A idéia de um trabalho vitalício é ultrapassada. Hoje temos contratos temporários e vínculos que duram em media 4 anos. Escolher a carreira é tomar decisões, e ninguém pode fazê-lo senão o próprio profissional.
Há anos, o trabalho era descrito como uma coisa pesada e entediante. Hoje é uma parte importante de nossa vida. A mensagem era que deveríamos suportar o trabalho que nos desse dinheiro e quando possível viver a vida real fora dele e ser felizes. Impossível!
O trabalho é uma forma de se expressar, assim com a arte, a moda, a música. O que procuramos é sentido, fluidez e liberdade. E nossas escolhas tem tomada o rumo contrario a este em troca de falsas garantias.
Como mudar e tomar as melhores decisões possíveis sem ser prisioneiro de uma vida de obrigações criada por um falso modelo ultrapassado?
O coaching de carreira é sobre isso: colocar você de volta num trilho significativo e satisfatório.