O tempo foi comprimido, e as decisões de hoje moldam realidades que ainda nem existem. A maioria dos líderes ainda mantém o foco em eficiência, produtividade e extensão óbvia do negócio como ele existe, com planejamento linear, pouquíssimo disruptivo e atualizado, e decisões pouco arrojadas. O novo papel do líder deixou de ser apenas o de gestor de resultados e de inovações tímidas, e passou do de arquiteto de futuros.
Liderar no presente exige letramento e com consciência de futuros
Modelos de negócio estão sendo redesenhados por plataformas e dados. O consumo se tornou emocional, conectado e ativista. A força de trabalho é híbrida, distribuída e digitalmente aumentada. E a tecnologia — especialmente a Inteligência Artificial — se torna o novo motor da economia.
Liderar, nesse contexto, exige mais do que reagir a mudanças: é preciso antecipar, aprender continuamente e agir com intenção estratégica. E deixar para trás futuros usados que já não servem mais.
O líder do futuro já deixou de ser quem “sabe tudo” e se tornou quem aprende mais rápido e constrói sentido em meio à incerteza. Na prática, líderes terão que liderar não continuar gerenciando processos e resultado. Para isso, é preciso:
- Cultivar uma visão inspiradora, que oriente pessoas em tempos de ambiguidade
- Praticar #Foresight — a arte de antecipar e compreender sinais de mudança
- Criar organizações adaptativas, que experimentam, aprendem e evoluem
- Inspirar propósito e responsabilidade social, alinhando lucro e impacto positivo
A nova fronteira: o valor que a IA vai gerar para os negócios
Nos próximos 10 a 15 anos, a Inteligência Artificial deixará de ser ferramenta e se tornará parceira estratégica. Ela criará valor em quatro grandes ondas:
- Automação inteligente: eliminando tarefas repetitivas e liberando tempo humano para criatividade e estratégia.
- Organizações algorítmicas: decisões em tempo real, baseadas em dados e aprendizado contínuo.
- Personalização em escala: produtos, serviços e experiências moldados por cada indivíduo.
- Novos mercados cognitivos: onde o valor não está mais no tangível, mas na inteligência coletiva e na confiança digital.
O desafio dos líderes será equilibrar eficiência tecnológica com valores humanos , e transformar IA em aliada da empatia, da ética e da inovação.
As decisões que constroem o amanhã
O futuro não acontece, ele é projetado. Cada decisão de hoje é um ato de design de futuro. Perguntas que todo líder deveria fazer agora:
- Estamos cultivando uma cultura de aprendizado disruptivo?
- Nossas decisões refletem valores humanos e responsabilidade social no curto, médio e longo prazo?
- A IA está sendo usada para ampliar o potencial humano ou apenas reduzir custos? Sabemos o que estamos fazendo? E porque?
- Estamos dedicando tempo para pensar o longo prazo, mesmo sob pressão do curto prazo?
O verdadeiro líder é aquele que transforma incerteza em direção. Que não espera o futuro acontecer, mas o constrói — com propósito, ética e imaginação.
“Liderar é criar pontes entre o presente que conhecemos e o futuro que ainda não existe.”
A maioria dos líderes do momento atual sabe que precisa fazer algo diferente, mas permanece preso a crenças, narrativas e problemas antigos, e deseja perenidade fazendo o mesmo de sempre. Perenidade em um mundo permanente não existe, e agora é momento de pensar mais amplo e agir de forma ousada, ou empresas sob a direção de conselhos e executivos mal preparados pode se tornam as novas “Kodaks”da história.
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